quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

as palavras que não deveria ter dito à minha mãe

mãe: em meu nome, assim como em nome da minha mana, peço desculpa. cabeçudos como somos, julgo que os partos não tenham sido fáceis.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

a gripe (ou o desperdício de tempo)

tentei explicar a meu pai que não era pelo copo dizer leite que ele podia beber vinho com antibióticos.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

o conselho do (mikado) cupido

se a tua namorada perguntar se está mais gorda, não será inteligente cantarolares "big girl, you are beautiful..."

sábado, 27 de dezembro de 2008

uma ideia para uma funerária

"aqui jaze um bêbado...esta sim, foi de caixão à cova".

procura-se dador

o meu primo precisa de uma operação à garganta; é de uma fanfarronismo que não se pode.

genial ideia (ou modéstia àparte)

em caso de gripe, parta uma perna. pode doer um bocadito mais, mas o diminuto tempo de espera nas urgências compensa.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

arqueologias

ser arqueólogo é fixe, vais escavando e esburacando e se não encontrares nada fazes um empreiteiro feliz.

para mm. (minha mana)

tu cantas tão bem como eu, e eu canto bem mal.

oh-oh-oh-ho

já recebi quase a totalidade das prendas, e até agora nada de meias...o natal já não passa de um mito.

a crise

como desempregado sou um fiasco. leio o jornal do princípio ao fim, só saltando a parte dos classificados (que me deprime pela ausência de saldo para telefonar para aqueles meninas fotogenicamente roliças)

conversas e shot's

p. defendia que a crise só terminaria em 2012 e r. insistia que não, que 2012 seria o ano em que o mundo acabava. dois shot's depois, expliquei-lhes que estavam a falar do mesmo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

natalícia notícia

estou estupefacto com a notícia de abertura dos telejornais, àparte (claro está) da comum contagem de mortos, feridos e acidentes que cada vez aparece com uns gráficos mais pinocas; a sério, confesso que nem queria acreditar quando o vi o novo youtubiano vídeo entre senhora professora e alunos: nunca me passou pela cabeça que existissem armas de brincar no bairro do cerco.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

não concordo com os professores

estávamos juntos à lareira, eu lia a revista detritos enquanto a minha mãe corrigia os testes dos seus alunos; da cozinha, o meu pai perguntou se queríamos batata frita ou assada; respondi-lhe que podia ser arroz de nutella (na certeza de que (como sempre) ele acabaria por fazer batatas cozidas). a minha mãe riu-se, à pergunta de quem teria liderado as tropas portuguesas em Aljubarrota um miúdo respondeu Uma padeira bem boa. tentei convencer a minha mãe que o puto merecia pelo menos metade da cotação, mas ela não acedeu e deu-lhe um zero.

agora sim, percebi a a essência da (in)utilidade

passei dez minutos a ver as tardes da júlia...

por vezes a violência não é solução

e que belo dia este para passear pela bonita artéria comercial portuense e percorrer duas ou três supercífies comerciais para gastar o que não tenho em natalícias prendinhas. (qual murakami ou qual qualquer carreira (!) na "inbicta" o best seller natalício só pode ser o dvd d'a liga dos últimos.) lembrei-me dos meus nerdianos anos de criança e adolescente. fui empurrado, pisado e esmagado; mais de uma vintena de embrulhados sacos abalroaram-me e volta e meia um cotovelo dizia olá às minhas costas ou braços; tudo o que agarrava parecia ser a última coisa do mundo e os olhares em redor multiplicavam-se como que dizendo Pousa lá isso que eu não vi primeiro mas era como se tivesse visto; um puto agarrou-me a mão chamando-me papá e depois de olhar para mim correu a chorar para a perna da mãe (espero eu). também me tocaram no émezito mas pelo tarado sorriso sob o bigode não foi acidental. nestes dias, a dia-a-dia urbano é coerente: existem automobilísticas filas para andar ou estacionar, as filas para o bus bifurcam-se e o posicionamento perante a porta do metro não é menos que uma questão de vida ou morte. existem intermináveis filas para pagar e ligeiramente maiores filas para embrulhar, até um café (ou uma nata) chega a ficar fora de questão e estranhamente até não são as lojas de meias que ganham na comprimento das filas. eu sei que o natal está aí à porta (ou chaminé, como preferirem) e talvez a violência não seja solução, mas se vejo um comerciante que seja a queixar-se na televisão da quebra das vendas e que a cada que passa se vende menos, eu pondero seriamente mudar a minha opinião sobre guantánamo.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

uma nova ideologia de vida

ontem viajei de comboio, na carruagem iam, para além de mim, mais cinco ou sete anónimos e os restantes eram escuteiros. confesso que fiquei estupefacto perante tamanho conhecimento musical. as pequenas crias, assim como matulões de calções, entoaram cânticos, interruptamente, durante duas (longas) horas. são momentos como estes que (me) fazem olhar a vida de um modo (completamente) diferente: a partir de ontem, sou pela violência.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

é tentar para ver se resulta

e quê, se os homens são todos iguais, porque não me escolhes a mim?

uma verdade (in)conveniente

acordei entre o frescote e o gelado e (assim) a dar para o destapado. na rua o frio era de rachar e com a promíscua camada de gelo e geada o smart (mais) parecia um mini. com todo o respeito pelos (ditos) entendidos, talvez volte a acreditar no aquecimento global quando vir um esquimó de havaianas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

a paciência ou a crise consumista

esgotou-se-me a paciência para esta pré-época-natalícia em que consumismo desenfreado ignora a crise teimando em encher ruas e lojas e lojinhas e shoppings de pessoas e sacos e embrulhos para esta e para aquele e para a outra. é que já não há paciência; nunca mais chega o dia vinte e cinco para eu, calmamente, abrir as minhas prendas.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

a saudade (ou a ausência de tv por cabo)

por vezes resvalo para o sentimentalismo piegas mediante saudosas saudades de um tempo que passou e que me custa a acreditar que não se vai repetir. é a nostalgia das brancas no cabelo e na barba versus a recordação dos joelhos esfolados de quando o jogar à bola era o supremo dos prazeres; é o ouvir o pop actual e soluçar por um different class dos pulp que não voltou a ser repetido. é isto ou aquilo e também a certeza que o tempo não volta para trás. é o saber que o que foi feito, feito está e o que não foi feito, poder-se-á fazer (mas já não do mesmo modo; poderá ser melhorzito ou o desastre mas será sempre diferente). se há, ou não, lágrima é comigo mas não nego o (tristinho) sniff. tento olhar em frente mas ainda sou do tempo em que havia um (e um só) natal dos hospitais. a esperança, se é que há, é que o senhor que nos (des)governa feche mais uns quantos e que para o ano as programações especiais que duram toda uma tarde (ou uma noite ou um dia) sejam menos que uma dúzia.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

os pinheiros e as atitudes

eis que a natalícia quadra se aproxima; há quem seja por outras relegiões e quem seja por religião nenhuma. quanto aos que a professam, parte deles aproveita estes dias para ir onde não vai à muito (sala de jantar) para de um qualquer armário (que certamente não foi o primeiro a ser aberto) retirar o pinheiro de plástico e começar a colocar as bolinhas e a estrela. outras há, que sós ou acompanhados, se dirigem ao horto mais próximo para escolher o pinheirito adequado. assim sendo, ou sendo assim, sobram aqueles que, a pé ou de carro, se dirigem à mata mais próxima de machado ou serrote na mão, para cortarem a árvore que melhor encaixe entre o canto da sala e o plano invisível rasante ao fundo do candealabro. não gosto de julgar os outros, mas, vistas-bem-as-coisas, só últimos é que contribuem para que em agosto, portugal arda menos um bocadinho.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Crime Suficientemente Idiota

um grito corta aquele espécie de burburinho-que-não-é-silêncio-nem-algazarra, é um misto de atroz sofrimento e disparatados insultos. há quem logo corra para a rua e quem acabe a cerveja. 
um tipo, de ombros encolhidos e parvo olhar, baixa a cabeça ao som do marmanjo que o insulta. entre os dois está uma máquina de lavar, e sob a máquina o pé do mais exaltado. em breve meia aldeia rodeia os dois e há quem defenda que a culpa só pode ser do gajo que nem o crisma fez. alguém zigaziguando se aproxima, há em si um misto de tinto e aguardente e a queda dada em nada surpreende, não fosse o ensanguentado corpo feminino que sob ele se abate...

...úúúúú-ah-úh-ah úh-ah...úuuuu-ah úh-úh úh-úh 
          (poderá não ser assim que se escreve)

quatro senhores saem de um autoritário automóvel, estranhamente um deles não possui barriga nem bigode: não é cá da terra, comenta-se em baixo tom. contínuo acto em que todos se aproximam da autoridade para relatar os factos com a excepção do dono da tasca que não querendo perder o seu melhor investimento tenta separar o bêbado do ensanguentado e inanimado corpo. de imediato é algemado por estar a adulterar as provas e vários são aqueles que protestam perante tamanho acto. no entretanto o chefe fica com sede e o sub-chefe decide-se pela sua libertação. alguém propõe uma rodada e totalidade dos bigodes encaminha-se para a tasca.
no entretanto, a estagiária autoridade circunda o local do crime. um puto rouba um bocado da fita para colocar à cabeça, definitivamente não quer que lhe toquem no meio frasco de gel necessário para o penteado-à-rebelde-morango. ao regressarem os três indivíduos da autoridade, o presidente da junta lembra que para a semana são as festas de nossa-senhora-do-ah-e-tal e opta-se por retirar o coreto do perímetro circunscrito devido ensaio da banda filarmónica. a câmara foca dois agentes, entre o sub-chefe e a agente há um sorriso cúmplice, misto de desejo sexual e reminiscência dos tempos em que eram cadetes na academia (o que é estranho, até porque estão casados à quase década e meia).

o ecrâ fica negro e seguidamente anunciam-se minis e presuntos, publicitam-se outras minis de outras cores e marcas e um anafado senhor fala da melhor alheira de portugal, informa-se que do dia seguinte, e a seguir ao telejornal, um reputada jornalista (que tirou outro curso qualquer) vai medear um debate sobre cornflakes: já todos os comemos com leite frio ou ainda há palermas que o teimam em aquecer o leitinho.

finalmente o intervalo acaba e no entretanto a mulher já morreu (mesmo). alguém fala em chamar o médico legista mas homem mora numa cidade vizinha e não gosta de conduzir à noite. o chefe apresenta uma apreensiva expressão e uma voz off parece dizer o que pela cabeça lhe vai: m*rd*, tenho mesmo que ir à casa-de-banho e não gosto (nada) de tomar banho depois de perfumar a wc. o exame de balística é considerado desnecessário, os cartuchos são dos mesmos que estão em promoção na espingardaria da esquina e a da aldeia vizinha ficou assim para o fora de mão depois da queda da ponte. o bêbado encaminha-se para um poste de electricidade com aquela cara de quem não sabe que nem tudo o luz dá lume. alguém sugere um telefonema para o moita flores, mas ele é de uma rede diferente e tem que ir falar a qualquer matinal programa no dia seguinte. o tempo do episódio parece esgotar-se e há quem como eu desespere pela eminência do to be continued...
mas eis que um homem se aproxima e de mãos na cabeça e olhos no céu exclama: fui eu que matei a minha mulher, era para me ter entregue logo, mas tive de ir ali a um sítio.

[this is produced NOT by jerry bruckheimer]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

quem diria...

soube que o satriani processou os coldplay; segundo ele um dos singles dos britânicos é uma descarada cópia de uma das suas músicas. confesso que esta notícia me deixou (deveras) surpreendido. (até porque) nunca imaginei que o satriani andasse por aí a ouvir coldplay.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

repetidos copos

tempos houveram em que apesar de não trabalhar, ia fazendo que trabalhava num café. não era empregado, era convicto cliente: quando o sítio estava vazio passava a noite a beber e a conversar com o dono e quando, por vezes, o estabelecimento apinhava, eu (invariavelmente) acabava por ir para trás do balcão. nessas noites, tudo o que bebesse era por conta da casa e eu era um tipo feliz. posteriormente descobri que o conceito de ordenado líquido é uma coisa (completamente) diferente.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ensaiada tentativa de abordagem à surdez

[nota prévia: se li isto, foi porque o escrevi; senão o tivesse escrito dificilmente o teria lido]

num qualquer sítio de um lugar qualquer embora dentro de um contexto histórico específico que para a história nada interessa; um sujeito, que poderá ou não transformar-se na personagem central da história, perde a audição. assim, sem mais nem menos, está muito bem a ouvir smiths e no momento a seguir já não. tenta não entrar em pânico mas as pessoas que (por ele) vão passando parecem falar-lhe, ou pelo menos ele acha que lhe estão a dar os bons dias; opta por não responder e afasta-se. a câmara foca uma personagem que passa ao longe, e se não é, pelo menos parece a actriz surda da letra l. o sujeito enfia-se na wc, e apercebe-se de uma estranha nuvem amarela que lhe paira sobre os (seus) ouvidos (é claro que a cor foi escolhida ao acaso, o que não implica que uma qualquer psicóloga não visse nesta opção cromática uma clara alusão àquele tipo de cera que...ok, adiante).

acontecimentos dispersos parecem indicar que, entre isto e aquilo, outros começam a padecer do mesmo mal. pelas sucessivas imagens que se sucedem crê-se que a galopante nuvem amarela não irá parar e (que) em breve todos estarão surdos. a câmara, aparentemente sem rumo mas sempre a focar as súbitas surdezes e o desespero dos afectados, foca uma placa com as palavras conservatório de...e eis que a nuvem amarela impede a total leitura da placa. na verdade todo o ecrâ está amarelo e mediante uma daquelas rídiculas opções powerpointianas aparecem as palavras: a surdez ou o ensaio possível.

[a questão do estranho caso da surdez amarela se passar numa escola de música coloca, à partida (escrevo eu), duas questões fundamentais da sociedade actual (ou lá próxima): o desemprego (sejamos claros: Quem quer um professor de música surdo?) e a total desadequação dos alunos às matérias que se propõe a estudar (demasiado óbvio para bater na mesma tecla).]

o sujeito está em pânico. estudar numa escola música não era a sua opção mas o tio-avô, serralheiro de profissão e carpinteiro nas horas vagas, tinha deixado bem claro que não pagaria um curso de arquitectura. as palavras tinham sido claras: Meu rapaz, se não sabes chutar uma bola então aprende a tocar guitarra, olha que o teu avô não dura para sempre e os recibos verdes não são vida para ninguém. mas isso tinha sido à muito tempo e agora o sujeito, esquecido dos adolescentes projectos, estudava e vivia para a música e era da música que queria viver. o álbum da sua banda encontrava-se na fase-mesmo-final, qualquer coisa tipo pós-produção-de-remasterização-ou-coisa-que-valha (disso pouco percebo). e eis que o sujeito pára de entrar em pânico consigo próprio e passa a estar em pânico com o álbum. como poderá acompanhar o processo se nada consegue ouvir?

no meio do burburinho (não que eles saibam, mas tudo bem) uma rapariga com um magnifíco queixo quadrado passa pelo átrio da escola do mesmo modo que passaria num outro dia qualquer. o volume do seu mp3 está muito acima do aconselhado e percebe-se que ouve o romeo & juliet sem se perceber se é a cover dos the killers ou original dos dire straits. mesmo antes do refrão a rapariga do bonito queixo quadrado apercebe-se da estranha nuvem amarela; corre para a rua e, num quase-desespero que ainda não o é, olha à sua volta: ao ver que no entretanto não tinha sido inaugurada mais nenhuma loja dos chineses, fica (realmente) preocupada.

um grande plano, seguido de outros quaisquer planos e ei-la com o sujeito ao lado. ele a desesperar e a atabalhuadamente tentar explicar o que se passa e ela em pânico, sem conseguir baixar o volume do mp3. a situação prolonga-se além do limite do suportável e ela acaba por tirar os phones dos ouvidos e a aperceber-se da situação. num papel escreve-lhe que ela própria ouvirá a versão final do cd e que será o mais sincera possível. ele sorri e fica aliviado, na verdade acredita que isto da surdez é uma qualquer coisa passageira associada à greve dos professores.

outros planos, outras personagens, há gente sorridente à volta da teresa guilherme e da júlia pinheiro e pessoal que agradece aos céus sempre que se cruza com um dos carreiras. simbolicamente um conhecido locutor da rádio enforca-se nas cordas de um contrabaixo e vêem-se as faces de vários pianistas indignados (com semelhante opção).

ao ouvir a remasterização final do cd, a rapariga do lindo queixo quadrado apercebe-se que aquilo soa à versão natalícia do best off da celina dion. agora sim, está em pânico. como poderá dizê-lo ao seu melhor amigo (e devido a captação de alguns olhares, seu provavelmente segundo grande amor daquele ano lectivo e possivelmente do semestre seguinte).

aquilo depois dá uma série de voltas e piruetas, surgem outras personagens, aparece o braço direito do vilão, até porque o esquerdo teve de ir ali a um sítio; surgem cenas comoventes e outras que nem por sombras e a hora de ponta começa a assemelhar-se à convenção anual dos mimos rezingões. no futebol, os cartões por protestos são cada vez menos e, eventualmente, o cd será um sucesso.

lá para o final das quase duas horas de cenas passadas, já se vê o fundo de alguns baldes de pipocas e outras quantas espalhadas pelo cinema. no ecrâ, o sujeito ri, ouve o how do you sleep e sobrepõe a sua voz à música que o media player debita. e ouve a música e ouve-se a si. e sorri. e sorri mais um bocadinho. apetece-lhe rir (ainda) mais um bocadinho mas apercebe-se que está a ser filmado e avança em direcção à câmara. os seus lábios parecem perguntar se está alguém aí? mas na sala de cinema nada se ouve e os espectadores começam a entrar em pânico. talvez pelo medo de não se ouvirem, olham-se sem se falar. até que um se levanta e exclama: Só se eu lesse menos e não tivesse visto a estreia da semana passada é que isto me poderia parecer ligeiramente original. à volta as pessoas parecem com ele concordar e abandonam ou seus lugares rogando pragas e afins ao argumentista.

[nota não prévia: a banda sonora ainda está em aberto]

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

repetida tecla

não sei se me disseram, ou se (o) li num qualquer formato físico ou digital. apenas sei, que sem saber como, tomei conhecimento que um invisual escalou o monte evereste. pensei em postar qualquer coisa sobre a causa das motivações, e que (mesmo) desconhecendo-as (penso que neste caso não seria pelas vistas) mas achei melhor não; versar consecutivamente sobre o mesmo assunto seria bater no ceguinho.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

filmada prosa

por três vezes tentei ler um livro dele e se por duas vezes desisti à quinta, à tentativa terceira (lá) atingi a oitava página. julguei que (decididamente) não era para mim, e atirei-me, sem grandes expectativas, ao best-seller murakamiano. e gostei. pensei ler mais, mas no momento o todos os nomes era o que estava mais à mão e só o pousei depois de (o) ler. gostei; nada de outro mundo mas bom para o mundo em que habito. um woody allen e dois murakamis depois agarrei-me ao pluri-aconselhado ensaio sobre a cegueira. envolvi-me sem prévios avisos e quanto mais lia menos me apetecia parar de ler. de tal modo enolvido, cheguei a tentar continuar a leitura de olhos fechados, mas o que conceitualmente foi uma genial ideia na prática em nada me permitiu avançar. retomei a estratégia inicial, e de olhos (bem) abertos retomei a (compulsiva) leitura. à medida que as páginas por ler escasseavam, refreei o andamento no inglório esforço da mesma durar só-mais-um-bocadinho. no fim, gostei, e muito. funny games àparte, confesso que não sou, nem nunca fui cinéfilo nem frequentador de cinemas; embore aguarde (est)a estreia. só não percebo certas e determinadas associações de invisuais que condenam e rejeitam o filme. não me parece bonito criticar o que se não viu.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

trespassa-se;

(e isto) por motivos relacionados com uma extrema e indubitável vontade de nada fazer.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

pólo lacoste e barba feita

octoverme de ontem, hoje e amanhã: you can't always get what you want.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

plácidos dias

acordar e mediante um titânico esforço tentar abrir os olhos. ligar a tv e após dez minutos de um qualquer talk show, (re)adormecer. (re)acordar após um tempinho, ver mais dez minutos de qualquer coisa e arrastar-me até ao duche. comprar o jornal, tomar o (des)café, voltar para casa e aterrar no sofá. fazer um zapping entre séries interessantes mediante episódios já vistos e filmes que não lembram ao diabo (e, provavelmente, nem ao menino Jesus). adormecer e (re)acordar no puff. não chove lá fora (a poça deve ser baba). erguer-me e voltar para sofá, novo zapping, novo (des)necessário filme e horas mais tarde acordo no outro puff (embora semelhante, a poça não é a mesma). e assim inutilizo mais um dia mediante uma indómita preguiça e pequenas pausas para, de quando em vez, me arrastar até ao wc. é bom, mas não é vida; algo vai ter que mudar. assim que possa vou ao ikea comprar um penico.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

ela ficou caídinha

trocámos olhares e fixámo-nos; as desnecessárias palavras foram necessariamente poucas e os (nossos) lábios aproximaram-se à distância de um beijo eminente. quando os seus olhos se fecharam, rasteirei-a.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

são joão

Na noite dos "balões que sobem",
sou pelas sardinhas e pela broa,
e pelo percorrer do Porto à toa;
sou pela cerveja e pela sangria
do entardecer até ao nascer do dia.
sou pelo baile e pela fogueira,
pela pop xunga a noite inteira;
sou pelos martelos e pelos alhos-porro,
e se não vir um manjerico morro.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

discriminatório upa upa

parece que o preço da electricidade vai aumentar de três em três meses; mais do que uma medida errada parece-me uma atitude discriminatória face ao preço da gasolina que vem aumentando dia-sim-dia-sim.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

estranhas dietas

fazer dieta não é assim tão complicado, o (único) senão é que um kalachnikov com adoçante não tem o mesmo sabor.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

nacional selecção #01

a saída da equipa técnica poderá ser fatal para a nossa selecção. se o Scolari é facilmente substituível, bigodes como o do Murtosa são cada vez mais difíceis de encontrar.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

faltam cinco cêntimos

se um descafeinado é um café sem cafeína, porque (raio) é que é mais caro?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

eles andam (por) aí

o s. joão aproxima-se e disso me apercebi (hoje) enquanto caminhava por aí. não pelo cheiro (que olfacto não tenho) nem por uma qualquer (amiga) marcação de festa ou farra. estava anunciado (num qualquer bazar portuense), sem erros e em bom marcador azul sobre cartolina branca: "temos balões que sobem".

quinta-feira, 5 de junho de 2008

lendo o jornal

desconheço o porquê de (nos cafés) me olharem de lado sempre que peço um descafeinado e uma coca-colinha.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

ode(zinhazeca) #02

um nome sózinho ou dois nomes,
fazem toda a diferença numa relação;
comer aloe vera é permitido,
comer (somente) a vera, não.

terça-feira, 3 de junho de 2008

ode(zinhazeca) #01

nestes stressados tempos contemporâneos,
nesta pós-moderna vida assim tão bera,
deus meu que não sei como vivi (até hoje),
sem ter comido um sandocha de aloe vera.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

a dependência de um esboço

os arquitectos são como (que) etéreo-eternos toxicodependentes, ora se entretêem com (as suas) linhas ora se divertem com (os seus) riscos.

terça-feira, 27 de maio de 2008

pirómano com causa

q. encetou uma cruzada contra as (malfadadas) drogas leves. sempre que as vê, queima-as.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

gracias pelo jantar

por vezes sou ovo-lacto vegetariano, mas nunca em mais do que duas refeições por semana.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

indesculpável heresia

se a hóstia é o corpo de Jesus, qual o porquê da Igreja não reconhecer a validade do canibalismo?

quarta-feira, 21 de maio de 2008

mais fundo é impossível

ponto um: o que faz o jason alexander (o grande) no pretty woman? ponto dois (e sem dúvida mais preocupante) porque (raio) vi o filme ontem?

terça-feira, 20 de maio de 2008

o feijão verde

rapar o cabelo está longe de ser a coisa mais inteligente que fiz. é por estas e por outras que fico (bem) melhor quando não faço nada.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

a história da (minha) vida

oh vida, tenho tanto para fazer e não me apetece fazer nada.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

o samaritanismo meio-alcoólico

a sobriedade não é má, permite-nos pensar na vida ou inutilizarmo-nos entre o puff e o sofá, e o beber em excesso não deixa de ser pinoca, as mil e uma preocupações que são a vida transformam-se (apenas e só) numa enorme preocupaçãozita: Quem vai buscar a próxima rodada?
é o percurso que me assusta, o nem sóbrio nem bêbado mas a caminhar (a largos passos) para o estado de (avançada) zequice. estar meio-bêbado é chato, ora se oscila entre a idiotice e a palermice, ora se descai para a imbecilidade (de, como por exemplo, ir às compras). mas talvez seja melhor não ir por aí e encaminhar-me para um (bem mais) samaritano caminho: ninguém quer uma camisa às flores com umas cores que teriam feito furor numa qualquer edição do festival da eurovisão?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

prenda(dos) ensaios [desnecessários]

ensaio émeniano:
tenho uma natureza distraída e pouco (ou nenhum) jeito para comprar prendas, sei (sempre) o que não comprar mas nunca o que comprar. entro relutantemente nas lojas e fico para ali a olhar como se fosse a claudisabel a olhar para um vinil dos smiths. Posso ajudá-lo? perguntam-me mediante um (es)forçado sorriso ao que respondo com um Sim, por favor. Temos uns magníficos broches de autora feitos manualmente. ok, eu sei que já passou algum tempo (desde a última vez), e sei também que no Porto os mil-folhas se chamam napoleão, mas o recurso à mão não tem outro nome?

ensaio quêniano:
m., disse q., comprar prendas não é comigo, fico sempre à entrada das lojas como o nulo gomes a olhar para a baliza à espera que uma qualquer sugestão do empregado. (ainda) ontem entrei numa loja toda pinoca e aconselharam-me um broche de autora feitos à mão, E q. compraste?, Achas? não era para mim era para oferecer a uma amiga.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

verdinho esclarecimento

musgo no telhado é uma coisa, cobertura(s) ajardinada(s) outra.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

ide-vos copular colectivamente #01

se o pastoreio se fará por net que se inovem os impropérios:
- telenovelas para ti;
- inscreve-te numa seita;
- vinho rasca na tua mesa;
- cerveja sem álcool para ti;
- que a (tua) tv (só) se sintonize a tvi;
- dvd's do preço-certo na tua estante;
- vai tirar o mestrado com o Sócrates;
- gigas de delfins no teu media-player;
- eróticos sonhos com o Castelo Branco;
- que a Júlia Pinheiro te acompanhe à tarde;
- fotos autografadas do Goucha na (tua) cómoda;
- grandessíssimo sobrinho de uma (qualquer) tia;
e quê, (ainda) amigos? [bom fim-de-semana]

quinta-feira, 8 de maio de 2008

in(dispensável)esclarecimento

esmurrar (ou pontapear) uma obesa pessoa não é combater a obesidade.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

quem canta...

sempre que vou a karaokes,
apaixono-me por instrumentais.

terça-feira, 6 de maio de 2008

altura(s)

quanto mais alto se está,
maior é a conta do condomínio.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

presentes tailandeses

um casal amigo, após umas férias na Tailândia, apareceu (todo feliz) com prendinhas da viagem, e toda a malta adorou, e ficou muito feliz e pata-pi-e-pata-pá, e todos adoraram e ficaram muito felizes e sinceramente não percebi nem compreendo: nunca vi grande alegria quando ofereço prendas made in taiwan.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

para c. [ou triste opção (esta)]

faz o projecto para depois o refazeres, e procura (nele) te concentrares quando por outros (projectos) te perguntarem. faz uma aproximação, refaz duas perspectivas e principia de novo pela terceira vez; preocupa-te com os alçados mas só até perceberes que os cortes estão mais atrasados, e se pegares nos cortes tenta não te lembrar das plantas. e depois vai a uma qualquer reunião de um qualquer projecto que à muito (que) deveria ter terminado. retoma o projecto em que estás a trabalhar mas só até seres interrompido pela próxima proposta que pode ou não (se) concretizar mas que dificilmente sairiá do papel. pára tudo e recomeça outra vez no limite do limite do prazo, sem esqueceres aquele (pormenorizado) pormenor que ficou por (re)desenhar, embora metade já esteja mal construído...e depois sempre podes trabalhar num feriado ou dormir um par de horas e recomeçares tudo outra vez.
[como disse q., Se fosse hoje, teria optado por (ser) kamikaze ou homem-bomba, quando só se morre uma vez a sobreposição de prazos torna-se complicada.]

segunda-feira, 28 de abril de 2008

(in)úteis dias

(ai), se (não) fazer nada fosse profissão, levantava-me mais cedo só pelas horas extras.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

iguais direitos

sou pela equidade dos sexos, sempre que posso mijo sentado.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

carjacking

hoje, pela primeira vez, fui levar o carro à inspecção. mentalizei-me que ia correr (tudo) bem e procurei adoptar uma expressão séria de quem percebe da poda. mal chegei ao local um qualquer artolas dirigiu-se a mim com um sorriso que não lembra à mona lisa e prontificou-se a ficar não só como o meu carro mas também com a chave. dei meia volta e fui embora; posso ser inexperiente mas não gosto que me tomem por parvo.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Zara's

se adquirir nacionalidade espanhola, tenho direito a sesta diária?

terça-feira, 22 de abril de 2008

(n)o limite da compreensão

confesso a minha incapacidade para assimilar certas e determinadas coisas. ter uma mente aberta é uma coisa, assimilar certas e determinadas coisas, pode (ou não) ser outra. e faltam-me as palavras para comentar o caso do australiano casal formado por pai e filha e respectivo rebento. podia lamentar o facto de a criança, aquando de uma qualquer festividade, apenas receber uma prenda do pai e do avô, mas não, não quero ir por aí. (ainda) existem cenas que me ultrapassam e dificilmente as assimilo. e confesso que não percebo como pode ter sido a boda: ele esperou por ela no altar ou acompanhou-a até lá? até porque a hipótese do homem ter percorrido meia igreja de braço dado e depois dar um corridinha para esperar por ela no altar me parece parva.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

(a)deus meu

talvez tenha gasto as inutilidades à força de as publicar amiúde,
e o que ficou não chegue para postar muito mais.
gastei os oxímoros em forçadas piadas (ou tentativas de)
e os trocadilhos na ausência de outra qualquer cena.
às vezes relia o que tinha escrito e pensava:
ah e tal, há umas quantas coisas que escapam;
mas isso era nos dias que sim,
até porque também existem os dias (que) não.
vasculho o neurónio existente e não encontro nada
e antigamente tinha tão pouco de jeito para escrever.
era como se as inutilidades fossem eu,
quanto mais escrevia mais tinha para escrever.
mas isso era noutros tempos,
tempos bons ou assim-assim, mas sempre tempos sem chuva.
(e quero lá saber se chove bem ou se no molhado,
se vai caindo ou se cai certinha...)
a "prateleira" foi uma desesperada fuga para brejeirice
e nada de inútil tenho para escrever dentro de mim.
e talvez isso até nem fosse mau
se surgissem umas quantas utilidades por aqui,
mas vai-daí e não. népias e nicles. nada de nada.
o que escrevi, escrito está,
e assim perdi o (meu) tempo. ou não.
e o que lês-te, lido está,
e assim perdeste o (teu) tempo. ou sim.
e reescrevendo-me, reescrevo que as inutilidades estão gastas,
e se não o digo, escrevo-o: (é oficial,) inutilizei-me (e é só).

e quê, 'tá tudo?

quarta-feira, 16 de abril de 2008

prateleira(s)

a beleza interior é relativa,
nunca quis apalpar um pâncreas.

terça-feira, 15 de abril de 2008

há uva(s) e uvinha(s)

n. foi bastante claro: fanta uva??? bebe vinho, oh palhaço!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

azarado guano (para não escrever m*rd*)

mas porque raio é que se um pombo se aliviar sobre a nossa cabeça é sinal de boa sorte? (ainda para mais com tanta gente ao (meu) lado...) a meu ver, é oficial (!): a sabedoria popular não sabe mais que um menino de dez anos.

domingo, 13 de abril de 2008

des(necessário) post

ontem acabei por não sair pois estava a chover bem. o que na verdade foi bestialmente pateta (até) porque desconheço o que é chover mal.

sábado, 12 de abril de 2008

didáctica(s) pedra(s)

se é para (se) deixar a(s) droga(s), colocar uma pedra sobre o assunto pode não ser boa ideia.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

objectos de estudo

(pode ser chato) e definitivamente não será inteligente queixar-mo-nos do (nosso) objecto de estudo a um ginecologista gay.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

trabalhoso conhaque fresquinho

e é ver o povo repetindo (que)
conhaque é conhaque e trabalho é trabalho;
e na vida, nem tudo é conhaque,
por vezes é tempo de minis fresquinhas.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

considerações sobre o crime

num destes dias b. propôs-me assaltar um banco; disse-me que sim, que tinha que ser, que a sócio-económica-conjectura-cá-do-burgo a isso nos obrigava. disse-lhe que (era melhor) não; não só dava trabalho como podia dar problemas e que vistas-bem-as-contas até era assim-para-o-complicado. no entretanto reconsiderei, parecendo que não (assaltar um banco) deve ser (bem) mais simples que tirar um telemóvel a um adolescente.

ps. aos (possíveis) interessados aconselho-os a aparecerem de colarinho banco; se não correr bem a pena será mínima.

terça-feira, 8 de abril de 2008

nicotinados pregos

farto de ver as suas (nicotinadas) passas interrompidas por lacónicos (e repetitivos) "mais um prego para o caixão", q. tomou uma atitude e, entre outras quantas passas, decidiu que quer ser cremado.

domingo, 6 de abril de 2008

(ou não) será!?

os arquitectos são como as put*s: se não se vendem não trabalham.

sábado, 5 de abril de 2008

camelices marroquinas

q. ficou desapontado com a sua ida a Marrocos; sabes - confessou-me - por aqueles lados a baba de camelo não tem o mesmo sabor.

quinta-feira, 27 de março de 2008

(in)temporal pausa in(determinada)

este espaço retoma a pausa posteniana de modo a que o escriba possa (finalmente, quem sabe) recuperar do cancelamento do concerto dos tokio hotel...

quarta-feira, 26 de março de 2008

para p.

que o coyote jante o (irritante) pássaro
e que o sylverter almoçe o tweety;
que o o macgyver se lixe no último minuto
e hajam divórcios no barco do amor;
que o kenny espanque o badocha
e que homer beba água (menti);
que os radiohead toquem o lilac wine
e a chuvinha seja quentinha.

('tás velho, pá!)

quinta-feira, 20 de março de 2008

lanches

passei pelo supermercado para tratar do (meu) lanche. comprei croissants e "preciosos-fatias finas de fiambre da perna extra". cheguei a casa e lanchei torradas, quero nem saber o que é a perna extra.

terça-feira, 18 de março de 2008

(o raio d')a república das desculpas

é comum ouvir-se que as desculpas não se pedem, (quanto muito) evitam-se. e, apesar de nada ter contra, reconheço a queda humana para o erro. e sendo assim (ou assim sendo) por uma vez até se aceitam. duas vezes já é mais chato, mas tudo bem e no vá-que-não-vá é bem capaz que sim. ao terceiro desculpa-lá descai-se claramente para o abuso e a partir daí...é melhor nem ir por aí. quanto ao resto parece-me simples: ou bem que se aceitam as desculpas ou bem que se recusam; não vejo a necessidade de se cantar lamechamente e ad eternum: não só chateia como não há pachorra.

segunda-feira, 17 de março de 2008

dúvidas fiscais

dá para pôr o gurosan nas contas do i.r.s.?

sexta-feira, 14 de março de 2008

B.O.D.E. (o primeiro)

Bigode's Oporto Dinner (E o é não sabemos o que é)

quinta-feira, 13 de março de 2008

demências hospitalares

a meio do zapping do costume vi a sic anunciar o seu novo programa de humor: os malucos no hospital, e é este o tipo de cenas que me deixa doente.

terça-feira, 11 de março de 2008

há imagens que...

hoje o q. enviou-me uma foto da Cicciolina a mostrar os seios ao Goucha e (desde aí) não me ocorre uma inutilidade maior que essa.

segunda-feira, 10 de março de 2008

octoverme do dia: mystery, hugh laurie (...dead since 1973
you've been dead now . . . wait a minute, let me see...fifteen years come next January; as a human being you are history...)

domingo, 9 de março de 2008

domingos (ou não) plácidos

porque hoje é domingo e (também) porque tenho uma séria tendência para a estupidez, tive a (brilhante) ideia de me ir enfiar num shopping. cinco minutos após entrar já colocava a hipótese de me ter enganado e estar na marcha dos professores... (por) entre encontrões, pisadelas e contactos de primeiro grau com os sacos dos outros consegui descobrir uma cena de fast-food não (totalmente) apinhada. antes de optar por qualquer menú (pouco nada diferente dos outros) o empregado estendeu-me um folheto com um sugestivo título: comer bem dá saúde e prémios. logo a seguir podia-se ler: pede a tua refeição com coca-cola e ganha refeições saudáveis grátis.
depois de (muito) reflectir pedi o menú vegetariano (com a secreta esperança que me saísse um entrecosto grelhado).

sexta-feira, 7 de março de 2008

amarelando por aí...

ontem q. tentou convencer-me que, segundo uma lenda macedónia, se um chinês estiver hora e meia sem tirar uma fotografia, abre um restaurante.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Texugo II (não o regresso mas o aumento)

após um obsceno consumo de bombocas, dei por mim a pesar um pornográfico número de kilos.

quarta-feira, 5 de março de 2008

levantamentos (ou a inevitabilidade de murphy)

depois de um (rigoroso) levantamento minucioso [no local. no escritório] só faltarão as fotos dos pormenores que (realmente) interessam e a cota de referência para (poder) começar o desenho.

terça-feira, 4 de março de 2008

climatéricas disléxicas

se visto um casaco quentinho fica um lindo dia
e se opto pelo de camurça a chuvinha é certinha;
opto por uma primaveril casaca e fica frescote
e se visto a gabardine é certo que não choverá.
no (meu) mundo, o S. Pedro é o padroeiro da pirraça.

segunda-feira, 3 de março de 2008

octoverme do dia: nobody does it better, carly simon (embora na minha cabeça ecoe a versão que os Radiohead tocavam ao vivo em 1995).

domingo, 2 de março de 2008

uma cerveja no Inverno

as horas já iam longas e a noite ficava cada vez mais fria. à frente de um qualquer café (que neste caso ero o piolho) a cerveja gelada saltava de uma para a outra mão sem que por isso evitasse uma gélida sensação que se propagava da ponta dos dedos ao âmago dos ossos. no inverno, a cerveja fresquinha é boa de se beber, de segurar é que nem por isso...e talvez (ou definitivamente) pelo turpor causado por tão gélida sensação, o meu cérebro (como que finalmente) trocou as inutilidades avulso pela (fugaz) genialidade:
e porque não uma cerveja geladinha em chávena escaldada?

sábado, 1 de março de 2008

fixamente móvel ou a mobilidade do fixo

hoje (como que finalmente!) decidi(-me) pela instalação da net móvel no (meu) pc. depois de algum tempo (que com vendedores nunca é pouco) pediram-me um comprovativo de residência. ainda pensei em optar pela net fixa, mas temi que me pedissem a carta de condução.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

cântigo negro em águas de bacalhau

há uns quantos tempos (e que até foram uns quantos),
José Régio escreveu:
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
– Sei que não vou por aí!

mais do que um poeta, Régio foi um visionário
que previu (ao pormenor) o cartaz do rock in rio 2008.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

modas e maus humores

porque raio os bolsos do casaco com aberturas para guardar canetas têm a profundidade de meio lápis?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

da (minha) organização do espaço

procuro ser metodicamente desorganizado nos espaços em que habito. tenho toda a casa (divisões, armários e estantes) organizada segundo duas variantes: as partes "a-arrumar-num-futuro-próximo" e as zonas desarrumadas. é um método que resulta (excepto quando me pedem o boletim de vacinas).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

irónico vandalismo

grafitar go vegan na montra do rei dos frangos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

semânticas ou ai(s) [outra vez]

dar o braço a torcer não é uma expressão que se deva utilizar em conversas com endireitas.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Kosovo; metendo os pés pelas mãos

após (in)determinados tempos de saturada reflexão (ou nem por isso), mantenho a dúvida da posição a tomar (por este blog) face à autoproclamada independência do Kosovo. por um lado penso que sim, por outro os norte-americanos também. no entanto não sou anti-americano e até poderei alinhar (nem que seja só) para fazer pirraça aos russos. daí que, por estas e outras, e porque no final delas meti os pés pelas mãos e me perdi, que (me) pergunto: dar com os pés a uma podologista é iniciar ou acabar uma relação?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

ai Portugal, Portugal...

ontem não vi a entrevista do zé que nos (des)governa. e quanto aos analistas que devem ter falado a seguir também os ignorei. relativamente aos jornais de hoje, passei essas ditas páginas à frente. já não tenho paciência para caros palavreados de relevância nula. há que enfrentar a realidade e a verdade é que o país que temos é (somente) um esboço daquilo que em tempos foi. já nada bate certo. para onde caminha o país (ou para onde poderemos caminhar) se nos dias que correm chove a potes por todo o país, com direito a catástrofes e sucessivos directos, e pelo Porto nem umas gotinhas caíram?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

prison break três, presos outra vez

apesar de não muito contente com o episódio final da anterior temporada, o certo é que (re)colei ao prison break. por umas quantas razões que não sei bem quais e pelo Robert Knepper cuja interpretação de Theodore "T-Bag" Bagwell (me) merece uma vénia e penso que também um globo de ouro (ou pelo menos um prisma de alumínio, sei lá). o que me faz pensar no seguinte,
será possível ler a sina a um maneta, ou é gente sem futuro?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

eu aqui sem aqui estar

por vezes, desencontro-me.
e é algo que (me) sucede amiúde.
talvez existam (possíveis) motivos que desconheça,
ou (então) desconheço-os por não existirem.
desencontro-me de mim, e é só.
é como se (ali) estivesse sem estar,
ou não estando e (simultaneamente) ir ficando
sem saber (muito bem) se estou ou não.
não sei. sei que de mim me desencontro
e se (depois) me encontro é por não me procurar.
sucede-me e é só;
e nem sei sei se é um "e é só" inofensivo.
desencontro-me e vou por aí sem sair do sítio,
e (sempre) sem resposta para quem me encontra
e me pergunta por onde ando.
quanto muito estarei num lusco fusco mental,
e daí que talvez não. não sei.
sei que (facilmente) me desencontro
e que a resposta é definitivamente talvez.
desencontro-me de mim e de mim me desencontro...
...e por vezes cruzo-me com desconhecidos,
(ou pelo menos há uma ínfima parte de mim que se cruza).
e falam-me e eu não oiço,
e vêem-me sem que eu os veja.
e dos meus lábios nem um olá ou um bom dia.
não é má educação (minha),
é (somente) um palerma que me habita e teima em não tirar férias.
parece-me interessante ser-se (disfarçadamente) pessimista. eis algo que (pelo não ou pelo sim) vou querer para mim. ou não. e daí que talvez sim. até porque não se negam cigarros a quem não fuma. e daí que talvez sim. (pelo menos) eu achava que sim. mas isso era quando (também eu) fumava. agora que não fumo (embora vá fumando) começo a defender (preementemente ou não) que não se negam cigarros a quem não fuma. mas isso agora não interessa nada, até porque a prosa já vai longa e tenho uma vaga ideia que nem era nada disto que queria escrever. é por outras (e talvez por estas) que definitivamente talvez.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

semânticas portugas

morfologicamente falando (e não só mas também), um projecto do c*r*lh* não deveria ter a mesmíssima qualidade que um projecto da pila?

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

octoverme do dia: bohemian rhapsody, queen (e são constantes os galileos que se sobrepõem aos meus pensamentos e os fígaros a interromperem(-me) os raciocínios.)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

ai

homem que é homem,
indepentemente das adversidades, contrariedades e dificuldades,
tudo enfrenta sem vacilar.
contra ventos, entregas ou tempestades
contra tudo e contra todos (e mais alguns se caso for)...
excepto (claro está) em caso de gripe.
(e aí,) é vê-lo dizer ai de cinco em cinco minutos,
e gemer continuamente de quando em vez.
expressando expressões de puro sofrimento
em caso de se ter de deslocar ou apenas ajeitar a almofada.
pondo uma carita triste antes de tomar uma aspirina que seja
e queixando-se de todo o sabor de qualquer medicamento.
agoniando com o gosto do mel com o limão e
comendo uma canja como se de um osso se tratasse.
(e sempre com uma contínua expressão de agonia intensa.)
e os ais que nunca páram,
e os uis que se repetem,
e os gemidos que não acabam,
assim como o arzito de quem morrerá em breve.
homem que é homem, em caso de atchim,
tem todo o direito em ser piegas.
(e em caso de dúvida, duplo ai.)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

trama(dos) dias

escolhe uma trama.
opta por um tipo e por um padrão
(e se é associativa ou não).
ajusta o ângulo e aprimora a escala,
calcula-lhe o ponto de origem e o espaçamento
e confere-lhe (o correcto) alinhamento.
ignora ou escolhe uma detecção normal
e uma tolerância que não corra mal.
seleciona uma polilinha anteriormente desenhada
ou seleciona a zona a aplicar
(rezando para o cad não crashar...)
pré-visiona e corrige.
repete o último passo umas quantas vezes,
e umas quantas vezes depois aprimora um pouco mais.
do you really want to do this?
não, estava só a (ver) passar o tempo...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

e quê, 'tá tudo?

se não fosse muito incómodo gostava que fosses para o c*r*lho. não tens de ir já, nem de modo algum apressares-te. só gostava que fosses. senão agora então depois. mas vai, sim? e se te impossível for, então faz(-me) o obséquio de ires à m*rd*. se não for muito transtorno (claro) nem o desvio for grande. mas vai. vai para o diabo; sozinho ou acompanhado é-me indiferente, desde que a companhia não seja eu. e (mesmo) não querendo ser inoportuno, cravava-te a benevolência de ires morrer longe ou lentamente definhares por aí. chamar-te-ia (mesmo) nefasta criatura e dir-te-ia para arderes no inferno, mas (também) não queria ser incoveniente. até porque gosto tanto da fotossíntese como outra pessoa qualquer. e então, ainda por aqui? mas ainda aqui porquê? porque não vais? vai, vai dar uma volta ao snooker pequeno ou ao bilhar grande (tanto faz), mas vai. vai. vai-te embora ou vai-te f*d*r. mas vai. vai e não voltes tarde que amanhã é feriado e temos umas minis para ir beber à noite.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

há tipos assim, coerentes

... nunca imaginei - confidenciou-me q. - estive a ver os projectos do zé e nunca pensei que ele tivesse tanto jeito para a arquitectura como para governar o país.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

a equidade dos sexos

(hoje) gostaria de expressar tudo aquilo que penso sobre o zé que nos (des)governa; mas como não tenho dinheiro para ser processado, optei por escrever sobre uma realidade (bem) menos triste. já repararam que cada vez mais se esbate a diferença entre sexos? mais que a igualdade (nem todos queremos ter seios) é cada vez maior a equidade de tratamentos que a sociedade civil nos dispensa. seja em países desenvolvidos, na faixa de Gaza ou em Portugal, esbatem-se (cada vez mais) as diferenças de tratamento de direitos e oportunidades segundo o género. o fim das sociedades patriarcais aproxima-se e o mundo começa a fazer (um pouco mais de) sentido. até o número de bombistas suicidas femininas tem aumentado exponencialmente.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

fruta

hoje comi uma laranja. era meia doce e meia amarga. tudo bem que o preconceito não é bonito, mas uma laranja que dá para os dois lados já é abuso...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

(hoje) dói-me a cabeça

ontem encontrei q. com cara de quem esteve à beira do precipício mas, sobretudo por (inata) preguiça, não avançou. falou-me de tretas e de cenas e num pessoniano assomo disse-me "a criança que fui chora na estrada, deixa-a ali quando vim ser quem sou; mas hoje, vendo que o que sou é nada, quero ir buscar quem fui onde ficou.". disse-lhe que sim e que não. e disse-lhe também que o puto que fui, brinca na estrada, que o deixei por aí quando vim ser quem sou; e que hoje, como não me arrependo de nada, não quero ir buscar quem fui onde ficou. e depois bebemos cerveja como se não houvesse amanhã (não vejo o interesse em pensar na ressaca).

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

não há almoços grátis

ontem no restaurante o prato do dia custava cinco euros e quarenta e três cêntimos. primeiro estranhei e depois entranhei... não há paciência para o preço certo em euros.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

(re)vendo a sabedoria popular

e se te picares num palheiro, é sorte?
octoverme do dia: no I in threesome, Interpol

domingo, 27 de janeiro de 2008

Mestre(s) #01

Marques da Silva, aparte de ter sido um arquitecto de excepção, era um homem de elegante e aristocrático porte e com um camuflado sentido de humor. quando lhe perguntavam como corria a vida, respondia com um lacónico bow-window.

sábado, 26 de janeiro de 2008

coincidências #02

tal como Gropius, q. não sabe (nem nunca soube) desenhar. aparte disso Gropius projectou a Bauhaus e q. chumbou a projecto.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

delirante competição

é impressão minha ou os supermercados andam numa alucinante competição para fazer o pior anúncio de sempre?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

revendo l.

há dias estive com l., foi bom revê-lo e entre minis e médias trocar uns absurdos. é um tipo dificilmente definível aquele l., dos que são capaz de vender a alma ao diabo e (pouco depois) comprá-la por metade do preço.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

largos passos até ser (um) texugo

apesar de umas quantas nicotinadas excepções, há um mês, doze dias e algumas horas que não penso (lá muito) no abandono dos trinta cigarros diários. troquei-os por um alucinante consumo de pastilhas: das normalíssimas amorangadas às de efeitos refrescantes com higiénicó-orais paladares ou pseudo-explosões-de-não-sei-bem-o-quê que conjugam sabores como a baunilha e o limão ou o melão e a cenoura. no entanto, e para não enjoar tanto, tento alternar o desenfreado pastilhado consumo com rebuçados, gomas diversas ou chocolates (embora os halls também sirvam). por vezes, antes de chegar a casa, entro no supermercado para comprar uma caixa de bombocas, senão, nada como uma dose reforçada de gelado de limão.
entre o cancro de pulmão e a vida saudável, optei (a custo) pelos diabetes.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

há mar e mar (e há o ir)

do ponto de vista da questão (seja ela qual for), angola afigura-se (cada vez mais) como um óptimo local para se ir trabalhar. o que não há é (muitos)arqueólogos a concordarem com a ideia.

domingo, 20 de janeiro de 2008

regionalismo crítico

por questões de contexto, q. defende uma arquitectura desconstrutivista para Angola.

sábado, 19 de janeiro de 2008

that's what friends are for

entre minis e príncipes a conversa descambou para a política. se o capitalismo fosse pior que o comunismo, os norte-americanos iam a nado para Cuba, argumentou q.; procurei explicar-lhe que essa era uma ideia errada e que envolvia um anacronismo que em matéria de religião era um (perfeito) absurdo. insultámo-nos (mentalmente) em silêncio e pedimos mais uma girafa.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

octoverme do dia: love is a losing game de Amy Winehouse

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

come as you are

and I swear that I dont have a gun, no I dont have a gun, no I dont have a gun, porreiro pá, tinhas dado um bom político.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

olhar em frente

sempre que q. decide ignorar o seu quê de deprimido e adopta uma postura mais correcta (com o consequente andar na rua de cabeça levantada) acaba (inevitavelmente) por pisar m*rd*.

sábado, 12 de janeiro de 2008

arquitectos...

quando a mãe de q. foi a sua casa ficou desolada. achou deprimente não haver uma planta sequer. dias mais tarde ele imprimiu três.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

liberdade de expressão

li hoje num qualquer blogue "eu quero é que a tua opinião vá para o c*r*lh*!!!". pérolas como estas deviam andar de mãos dadas com a liberdade de expressão"

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

sabedoria chinesa #01

depois de ser condenado à morte, um mestre chinês-cujo-nome-não-memorizei teve de ser levado para o cimo de um monte afim de ser cumprida a (sua) sentença. como o percurso (ainda) era longo os executores decidiram fazer uma paragem junto a uma figueira. quando um dos executores ofereceu um figo ao mestre chinês, ele declinou; fazem-me mal à saúde, terá dito.