sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

a desinspiração

...disse-lhe para não ser chato e ele disse-me que um chato é um cego que tem pontos de vista sobre tudo.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

o novo código do trabalho

face ao novo código laboral a minha posição é clara: ainda não tomei nenhuma posição. na verdade, a minha (in)decisão prende-se como uma questão que não foi aflorada por nenhum dos meios de comunicação que consulto: durante o meu horário de trabalho, posso levar o jornal para o wc?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

o carregador amarelo

parece que as várias marcas se vão unir para criar um carregador de telemóvel universal. a mim parece-me bem, há que facilitar a vida às lojas chinesas.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

cinéfilas traduções

confesso que gostava de ser um daqueles tipos que esmifra o cérebro a fazer traduções de filmes ou séries. não deve ser fácil pensar em men in trees e optar por um amor no alaska. dentro do género sempre gostei de um filme cuja tradução literal seria o suspeito da casa ao lado: um thriller que joga com a incerteza de se saber se o vizinho da porta ao lado é um psicopata ou simplesmente alguém que embora bata-muito-mal seja assim-p'ró-inofensivo. é claro que este filme tem piada para os ingleses, uma vez que em portugal o nome é simplesmente "o criminoso da porta ao lado". o que me parece bem, para quê estarmos a perder mais de noventa minutos da nossa vida numa dúvida que se pode dissipar num simples título. por mim tudo bem, se algum dia tiver essa profissão altero o título d'o sexto sentido para o médico está morto.
ps. estou mortinho por ver o novo do oliveira, sessenta e cinco minutos de filme é de louvar, será que o bilhete será mais barato?

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

medidas para a crise

o governo já fez anunciar a proposta de restringir a venda de alcóol a menores de dezoito anos. do ponto de vista político parece-me uma óptima medida: aquilo é gente que não vota.

ressacada montaria

ele deitou-se tarde e mal e com resquícios de sangue no alcóol. ainda assim, ergueu-se cedo por não querer perder a montaria para a qual à muito que estava convidado. no final aquilo não correu nem mal nem bem: os seus tiros falharam três lebres mas ainda assim virou o barco sobre dois coelhos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

avalentinado dia

acordei de manhã pensando no porquê de não ter acordado mais tarde. li o jornal pachorrentemente e decidi voltar para casa. o interior da sala e da cozinha assemelhavam-se com um centro de reciclagem e não havia recôndito lugar que não tivesse uma vazia garrafa. decidi que tinha de arrumar tudo e foi sentar-me ao computador, meia hora depois ainda não me tinha decidido pela playlist que me acompanharia na estranha missão de dar um aspecto de casa à casa. não sei se foi durante o tainted love ou tema do alf que me decidi a mexer: levando os bancos para a cozinha e trazendo os papéis para a sala; apanhando aqui e ali e além garragas e deixando-as acomodadinhas junto às máquinas da roupa, iam restos para o lixo enquanto pilha de loiça bailava entre a mesa, o lava-louça e a abençoada máquina que lava aquilo tudo. à medida que o espaço à minha beira aumentava decidi começar a cozinhar para a mi muka. tirei já não sei bem que carnes ou vegetais do congelador e juntei-lhes tudo o me foi aparecendo à frente: o alho pareceu-me uma boa opção e a noz moscada nem por isso, algures por aí adicionei uma sopa instantânea de cebola e arrumei mais umas quantas cenas. no meio disto aparece d. em boxers a balbucionar uma qualquer língua estranha. disse-me que ontem tinha ido ao contagiarte e depois tinha ido com o pm. para o altar. disse-lhe que era na boa, que não tenho qualquer tipo de preconceitos e que inclusivé de manhã tinha comprado o brokeback mountain que vinha com o público. ele fez uma estranha expressão e disse-me que o altar era um bar em cedofeita. após o silêncio disse-lhe que mi muka estava a chegar e acrescentei que, na minha singela opinião, pensava que se ela queria ver um tipo de boxers ao chegar a casa, então que esse tipo deveria ser eu. ele foi tomar banho e eu fui comprar sal; parecendo que não, uma sopa instântanea de cebola faz milagres numa receita, mas pôr-lhe sal também ajuada. desci carregado de garrafas, passei pelo vidrão e pelo supermercado e subi com mais três garrafas. pousei-as, mexi aquilo que estava a fazer e fui comprar sal. no entretanto apareceu a mi muka, falei-lhe na importância das intenções e ela perguntou-me se estava a falar do mestrado ou da ausência da prendas. disfarcei juntando tudo na mesma panela enquanto cantatolava "ai se tivesse olfacto isto iria-me cheirar muito bem. a mesa pôs-se (embora não sozinha), a mistela estava comestível e o vinho deveria figurar nos dez melhores abaixo dos dois euros e meio. comemos gelado enquanto víamos o how i met your mother, e agora enquanto ela se arranja e eu teclo por aqui apercebo-me que dentro de umas horitas estarei no centro luso-venezuelano de grijó a ouvir um sul-americano cantor carregado de êxitos dos anos oitenta. e é essa beleza de namorar com uma venezuelana, se não fosse por ela, hoje acabaria o dia na casa da música a ouvir tindersticks ou então tinha dado um salto ao salão erótico...oh vida.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

hipopotomonstrosesquipedaliofobia

"A hipopotomonstrosesquipedaliofobia é uma doença do foro psicológico que se caracteriza pelo medo de pronunciar palavras grandes ou complexas." hipopotomonstrosesquipedaliofobia? e explicar isto aos doentes?
quer-se-dizer o que poderia ser o início da cura é o principiar de uma continuada tortura.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

gaulês amarelo, a continuação

estar num hotel de cinco estrelas é uma coisa, ver umas quantas a partir de um buraco no tecto é outra.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

politiquices #02

face à conjectura entre as políticas da ministra da educação e as (pseudo-)propostas de um homossexual casamento, interrogo-me sobre as dúvidas que possam assolar um professor gay, votará em branco? (e o obama?)

politiquices #01

face à crise, o governo propôs a económica medida que se impunha: uma linha de crédito para empresas que tenham mais de dez anos de actividade e que tenham tido lucro nos últimos três anos. embora pouco (ou nada) perceba de política e economia, estou totalmente de acordo, emprestar dinheiro a quem não tem, parece-me arriscado.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

os meus eus

existem, entre o meu eu social e o meu eu profissional, irreconciliáveis diferenças: como arquitecto gosto de linhas sóbrias.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

camisola amarela, o atleta

e queria aqui anunciar-me (faz favor) como o atleta mais coerente de todos os tempos: sou mau em qualquer desporto.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

o desesperar do jovem empregado

e eis que chega ao fim uma primeira semana de trabalho que de fácil pouco ou nada teve: houve uma entrega e logo uma impressora decidiu entrar em greve; uma hora de almoço passada à frente do computador; uma tradução de um texto que resultou numa prosa portuganhola, desenhos do existente distintos das fotos dos mesmos; ecrãs azuis antes de um qualquer save e por cada café bebido, cinco foram tirados. e embora isto seja normal, não sei se vou aguentar, por inconcebível que pareça já ouvi por mais que uma vez o beautiful do james blunt.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

"ai qu'a burro"

não é que ele tivesse um índice de imbecibilidade superior ao normal, teve foi o azar de ser apanhado num detector de metais de um qualquer aeroporto. no bolso tinha uma lata de atum atafulhada de cannabis.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

romantismo capitalista

e quê, queres dividir o i.r.s. comigo?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

weed's mash-up's gray's anathomy

ele estava tão agarrado à droga, que deu pulos de alegria quando soube que tinha uma pedra nos rins.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

duas (OrNot) coisas

duas coisas: sou óptimo a não fazer nada e os gostos não se discutem. àparte disso um arquitecto viu o meu portfolio e propôs-me trabalho. ainda pensei em lhe explicar duas coisas, mas depois pensei melhor e não só não lhe disse nada como aceitei. e eis que hoje, findo os (in)úteis dias entrelaçados por vividas noites, fui (novamente) trabalhar. havia em mim um friozinho na barriga de não-sei-bem-o-quê e um olhar de quem não acordava a tão matinal hora à (mais que) muito tempo. se o dia correu bem, ou mal, saberei depois; por agora apenas receio que um projecto de uma praia fluvial seja areia demais para a minha camioneta.