quinta-feira, 31 de julho de 2014

here [1998] tindersticks

lembro-me da here ter sido amor-à-primeira-audição.
gostava bastante dos pavement, e o here não era excepção;
bem pelo contrário, era de um bastante-tipo-mesmo.
[...i was dressed for sucess, but success it never comes...]

quando, pela primeira vez, ouvi a here na versão dos tindersticks,
o tico e a bigorna desentenderam-se:
era como se a música tivesse sido escrita pelos tindersticks;
e, sim, fazia todo o sentido, até-porque...
[... and i'm the only one who laughts; at your jokes when they are so bad...]

e não, que sentido poderia fazer?
(...até porque se tivesse sido escrita pelos tindersticks
o mais certo era não ter sido tocada pelos pavement.)
[...and your jokes are always bad,...]



   [... but hey're not as bad as this.]     

sexta-feira, 25 de julho de 2014

new york, new york; empire state of mind [2011] jamie cullum

no início era a indecisão: cover's ou mashup's?
[- isso não é uma questão que se apresente, pá... 
ambas (as hipóteses) são palermas 
(,de-modos-que a resposta é, naturalmente, nenhuma).]
sendo assim, ou assim sendo, optei pelas cover's
pelo mesmíssimo motivo porque poderia ter optado pelos mashup's:
porque me apeteceu.
[ ainda noutro dia ouvi o mec defender o porque-me-apeteceu em contraponto ao:
 ah-e-tal-tenho-que-...-[pausa-para-escolher-desculpa]-...-e-de-modos-que-é-isso,
e foi-me impossível ficar indiferente a semelhante discurso.]

(de-modo(s)-que), o que o Cullum cantou para o senhor de Niro é, pois,
e a meu ver, uma espécie de dois-em-um: duas cover's numa só;
sim, o par de cover's poderia ser visto como um mashup mas,
acontece que as músicas se intercalam ao invés de se imiscuirem numa só;
e no entanto, e ao se intercalarem, acabam (também) por se imiscuir,
de-modos-que num-sei.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

never tear us apart [2013] best youth

em (bem) verdade, nem sempre assim o é;
no entanto, foi uma frase que ficou num certo-imaginário-portuga;
frase essa que, neste post, não poderia ser melhor aplicada:
(até porque) o-que-é-nacional-é-bom.

terça-feira, 22 de julho de 2014

video games [2011] kasabian

este é daqueles post's preguiçosos
em que se pega nos músicos do post anterior
e se lhes altera as posições.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

goodbye kiss [2012] lana del rey

do ponto de vista da preguiça-da-cena e da inércia-da-coisa
os tempos modernos têm esta coisa de se poder ver parte de um festival no conforto do lar:
esparramado no sofá e com o copo de vinho à distância de um esticar do braço, vi e ouvi kasabian.
[-mas isso não é a mesma coisa, conó; "num-bês" que estás a perder toda a cena-da-coisa?]
nop, essa cena de festivais e multidões já não me assiste;
e é com prazer que (assim) assisto ao concerto em modo lontra.
e o concerto lá foi passando... e nada de goodbye kiss.
às tantas lá arrancam com o praise you do fatboy slim como introdução do lsf...
gosto, mas não é a goodbye kiss.
o concerto acaba-sem-acabar e segue-se o (inevitável) encore...e nada de goodbye kiss.
o concerto acaba (mesmo) e... nada de goodbye kiss.

sim, houve uma semi-cover-como-introdução-a-um-dos-grandes-singles;
sim, dentro do espírito-da-cena não seria mal pensado postar essa mesma semi-cover.
mas, e não sei se já o disse (ou o escrevi): não ouvi a goodbye kiss.
de-modos-que, e estando esta cover (tão) distante da genialidade da original, hoje deixo-vos* com isto:

*nota: o uso do plural é palerma, mas o uso do singular iria dar uma intimidade inexistente (ao post).

domingo, 20 de julho de 2014

lost souls forever

- formaste-te na tua cena em dois-mil-e-poucos... ?
- yeap....
- e durante uma década trabalhaste na tua área... ?
- na verdade não foi tanto tempo assim.
- e iniciaste o mestrado... ?
- yeap... mas desisti; escrever é uma cena-que-não-me-assiste...
- e agora estás desempregado...
- ... na verdade, considero-me desocupado:
         ... parece igual, é semelhante, mas diferente.
- e em vez de acabares o mestrado, vais (tentar) licenciares-te outra vez?
- yeap....
- pensaste nisso?
- yeah-but-no-but-yes...-but-no.
- não percebi: pensaste (nisso) ou nem por isso?
- pensar, (até) pensei pensar;
       .... mas sempre que tento pensar no assunto, visualizo (mentalmente) isto:

quinta-feira, 17 de julho de 2014

the headmaster ritual [2007] radiohead

radiohead a tocar the smiths:
desnecessário escrever mais.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

hit me baby one more time [1999] travis

a primeira vez que ouvi esta cover foi no coliseu do Porto.
tinha ido ver os travis e já não sei quem mais.
acabei por ouvir os singles que queria ouvir
e também esta (des)adequada cover.
nesses tempos a internet ainda não era o que (agora) é.
de-modos-que sabia que seria difícil encontrar tal pérola em físico formato.
estava errado.
pouco depois encontrei-a como lado-bê de um cê-dê-single.
e, apesar de nunca ter feito as contas, presumo que tenha sido o cê-dê-single que mais ouvi.

na altura o coliseu não estava cheio e eu andava na faculdade.
hoje, e a ver pelo que vi na net, parece-me que estou outra vez na universidade.
(como não me apetecia retomar o mestrado (que a meio deixei) decidi tentar uma nova licenciatura): a-ver-vamos.

terça-feira, 15 de julho de 2014

take on me [2014] aqualung

seria incapaz de escolher a minha série favorita;
e se me pedissem para escolher um par ou um trio, também não-sei-não.
assim como não saberia escolher quais as quatro ou cinco (ou mesmo as seis).
no entanto, e se o número fosse o sete, aí talvez arriscasse:
arrested development;
blackadder;
fawlty towers;
monty python's flying circus;
oz;
seinfield;
six feet under.
de-modos-que escrever isto é um-tanto-ou-quanto palermo-idiota,
até porque me estou a lembrar de umas quantas que... grrrrrr...
anyway, vi um episódio da grey's anatomy e reconheci uma voz:
era a do matt hales (a.k.a. aqualung).
e apesar de gostar bastante dos álbuns deste senhor desconhecia semelhante cover:

segunda-feira, 14 de julho de 2014

i will always love you [2012] chris cornell

o original sempre me passou ao lado;
quer-se dizer "ao lado" (propriamente dito) era difícil,
até porque à época a música passava amiúde na éme-tê-vê,
(e ainda hoje quando a oiço vejo a cara do costner...).

no entretanto o tempo passou, (passa sempre)
e há coisa de um tempinho (mais dia, menos ano; não sei precisar)
ouvi  o senhor cornell a cantá-la.
há quem diga que se este senhor podia até cantar a dica-a-semana
que (invariavelmente) haveria de soar bem.
não sei se chegará a esse ponto,
e duvido que ele algum dia musique a dica-da-semana;
mas deu-lhe para cantar esta música.
sim, deu-lhe para cantar esta música que eu nunca apreciei.
e sim, deu-lhe (mesmo) para cantar isto,
e não, não passei a gostar da música,
mas sim, passei (mesmo) a gostar do momento que se segue.

...sim, este sim's-e-não's eram escusados, mas quem me manda a mim ver e rever amiúde os vidos da vicky pollard...

domingo, 13 de julho de 2014

pri(n)celess

em breve este video será removido;
tal como o foi num passado (mesmo) recente.
pensei não voltar a vê-lo ou ouvi-lo
e, quem diria, no entretanto reapareceu.
de-modos-que enquanto estiver disponível
talvez seja crime não o ver.

este post será (naturalmente) removido assim que o mesmo for removido da respectiva localização- enjoy it while you can.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

you always hurt the ones you love [2011] ryan gosling

já escrevi sobre esta cover algures-aqui:
e esta é daquelas que para mim é uma espécie de cover invertida:
primeiro conheci a cover e só depois a original.

não me seria difícil voltar a falar dela:
é daquelas que volta-não-volta volto a ouvir
e, sim, é daquelas de que ainda não me cansei.

e sim, não vou escrever por outras palavras aquilo que já escrevi algures aqui.
mas não o escrever, não me impedirá de ser chato e postar de novo o video aqui:



no entretanto fui ouvindo a original; que na verdade não é bem original
na verdade, a original é um standart que foi tocado amiúde por diversas bandas de dispersos modos:
umas mais conhecidas, outras nem por isso e foi no entretanto (das-entre-tantas)
que me deparei com um vídeo todo-pinoca-e-nada-piegas onde a música é acompanhada
por diversas e dispersas cenas de filmes que vi e gostei e de outros que desconheço:


fight club; a clockwork orange; one flew over the cuckoo's nest;... you name it.

sooner or later

tenho para mim que isso do vale-mais-tarde-que-nunca é um tudo-ou-nada relativo;
nomeadamente ao nível de um pontapé nos tomates
(em que, e parecendo que não, vale mais nunca que (mais) tarde).

quarta-feira, 9 de julho de 2014

depois do tempo já não tem piada #2


depois do tempo já não tem piada...



beautiful [2007] elvis costello

ouvi-a num episódio do House m.d. (mais ou menos antes ou depois de descobrir que o éme e o dê eram, e não eram, as iniciais de médico doutor).
a original, escrita por Linda "what's-going-on" Perry para a Aguilera pouco ou nada me dizia; (mas-vai-daí,) e o senhor Costello decide-se a cantar sobre a beleza com o teardrop dos Massive Attack a acompanhar.

e fartei-me da cover à força de por demais a escutar;
para voltar a ouvi-la por força de a ter deixado de ouvir.
(basicamente,) ouvi a cover até a exaustão,
chegando ao ponto de (também) ouvir a original de quando em vez.

desconheço porque nunca a considerei um mash-up, mas sempre a vi como uma cover:
a cover da linda-meets-christina-que-depois-meets-costello-e-os-massive;
uma salganhada que, para mim, nunca nada de salganhada teve.

terça-feira, 8 de julho de 2014

the weight of my words

a promoção era clara: um quilo xl a um preço xis-pê-tê-ó.
o que para mim não era claro era o (próprio) quilo xl: e quê, pesa um quilo ou pesa um quilo e mais um bocadinho? e há quilos xs? e se há, é um quilo mitrado ou na verdade também pesa um quilo? e seu eu continuar a engordar, posso dizer que peso o mesmo só que em formato xl?

(quer-se dizer,) às vezes penso que parei no tempo e outras acho que comecei a regredir:
não sei escrever de acordo com o (des)acordo ortográfico
nem ler as ésse-éme-ésse que me enviam cheias de kapas e afins;
plutão também já não é um planeta;
e no entretanto os pesos vêm em medidas...
... mais um par de anos e sou oficialmente um analfabeto.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

rhythm is a dancer [2010] the last kinection

yeap, lembro-me desta música passar nas discotecas;
e, sim, lembro-me de a acompanhar com uns bizarros movimentos
(a que na altura chamaria de dança).
no(s) entretanto(s), passou o tempo e passou-se-me a música:
deixei-a naquele baú dos êxitos dos oitentas e noventas que (ainda) não foram revisitados.

há um par de anos deparei-me com uma nova versão:
despida da original batida, apresentava uma nova roupagem:
mais serena e menos datada; mais melodiosa e menos speedada.
é certo que os tempos, assim como as vontades, são uma cena que muda,
tão certo como infinita ser a estupidez humana (já que quanto ao universo permanecem as dúvidas)
e assim se revisitou a música, mantendo-se aquele pedaço de inqualificável prosa que nos diz:

...i'm serious as cancer... when i say rhythm is a dancer...

chemical world (reworked)

disse-me que aquele era o chá: que era adelgaçante e (também) refirmante; que tinha o seu quê de desintoxicante e (também) de diurético; e que, para além de tudo, valia pelo seu sabor único e extremamente agradável. claro está, acrescentou, que não era miraculoso e que os resultados seriam visíveis se também me alimentasse de um modo saudável e fizesse exercício amiúde.

no shit, se me alimentasse (religiosamente) de um modo saudável e fizesse exercício amiúde, porque raio haveria eu de beber um chá de legumes com travo a anis?

sexta-feira, 4 de julho de 2014

billie jean [2012] chris cornell

sem meia branca em sapato preto;
sem círculos que ora se acendem e ora se apagam;
sem a batida e os típicos sons dos oitentas;
apenas guitarra e voz:
less is more?

sign your name

nada contra ou a favor, (até porque) se há um género que se pode queixar da descriminação será o feminino. mas, e ainda assim, acho que vou acrescentar ao cê-vê que entre mil-nove-e-troca-o-passo e dois-mil-e-tal trabalhei num circo como mulher-barbuda. (ou) como dizia hagá: o não é garantido.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

let's dance [2003] m ward

sempre gostei de covers, também gosto muito de bacon, mas hoje não é esse o tema.
[... you know, that's not the point... it's complex...]

gosto de ouvir bandas que gosto a tocarem músicas que me passaram ao lado e,
gostos de ouvir bandas que me passam ao lado a tocarem música que (realmente) gosto.
por vezes encontro músicos que gosto a tocarem músicas que gosto, é raro (e tem tanto de bom como de raro).
[.... let's sway... while color lights up your face...]

presumo que já o tenha escrito, mas reitero-o: gosto (mesmo) de covers;
(especialmente) das que descubro por aí, escondidas entre um alinhamento de um álbum ou semi-perdidas nos vastos internéticos confins.
[(já) de músicos que só fazem covers e álbuns de covers não gosto tanto: há mais piada numa goma perdida (do) que num generoso saco que nos atafulha o estômago.]

volta-não-volta colo numa cover, depois descubro uma nova, depois regresso a outra, num vicioso ciclo que ora se alarga (e) ora se estreita e ao qual invariavelmente volto.
[... if you say run, i'll run with you...if you say hide, we'll hide...]

pensando nas que mais ouvi, uma (delas) será (invariavelmente) a do senhor m. ward: pegou numa espécie de pós-disco dos oitentas, um dos maiores singles duma recheada discografia, e descarnou-o: trocando a dançável batida por um introspectivo compasso. a música é a mesma e simultaneamente é outra (total e completamente) diferente: é como um vamos-dançar-(mas-melancolicamente-sentados).
[...if you should fall... into my arms... and tremble like a flower...]

introducing the hardline according to terence trent d'arby

(ainda) mal acordado recebi uma ésse-éme-ésse que me arrancou uns quantos sorrisos. li-a e ri; reli-a e voltei a sorrir.e depois voltei a lê-la e a naturalmente voltei a sorrir.

nada tenho contra os elogios, mas um bom "insulto" de um grande amigo é, por vezes, o melhor dos bálsamos.

um abraço, (caro amigo e,) desculpa-qualquer-coisinha.


quarta-feira, 2 de julho de 2014

holding on to you

tomei café, como tomo sempre café pouco depois de acordar. estranhamente, e em vez dos (monótonos) singles do costume, dei por mim no café a ouvir terence trent d'arby.
[...I left the east side for a west coast beauty...]

há muito que não ouvia terence trent d'arby: lembrei-me do secundário e das tranças que fiz à pala deste senhor. a sua música nunca foi das minhas preferidas, mas gostava muito de um dos seus álbuns, (assim como das suas tranças). lembrei-me também que nos primeiros tempos que as usei, o meu pai não me falou. presumo que para um militar não fosse fácil jantar tendo à sua frente um filho sob umas dezenas de trançinhas.
[...they say that all poets must have an unrquited love...]

anyway, vim para casa e percorri todos os sites de empregos ao som de terence trent d'arby. site a site, mail a mail, tudo foi agrupado na pasta de "nada-desta-vista". ou seja, tudo igual a ontem e a anteontem. (mas) com a diferença que hoje deu-me para ouvir terence trent d'arby.
[... goodbye picasso, hello dali...]


terça-feira, 1 de julho de 2014

heinrich maneuver

nestes (conturbados) tempos contemporâneos,
é por vezes difícil manter o equilíbrio,
(especialmente) depois de uns quantos gins.