sexta-feira, 13 de julho de 2012

"e o dia começa bem"

haverá (lá) melhor coisa que começar o dia encostado ao balcão enquanto a empregada lava loiça. lança-se um bom-dia, recebe-se um bom dia e os pires continuam a serem lavados. as notícias que a têvê debita são pontuadas pelos tlins da loiça e longe de mim querer interromper o trabalho da senhora. tiro a carteira do bolso e da carteira tiro umas moedas: intercalo os tlins das moedas sobre o balcão com os tlins das chávenas na pia e a minha paciência vai à dabliú-cê. arriscaria um era uma café, se faz favor mas não há em mim a mínima vontade de ouvir um ai era, quer dizer que já não é. (de-modos que) opto por esperar em silêncio enquanto me insulto por não a insultar e depois censuro-me por a querer insultar e depois insulto-me por me censurar e depois... (bem) depois a água pára de correr; a senhora vira-se enquanto limpa às mãos ao eventual e aproxima-se com um bom dia senhor, diga se faz favor. era um cafe´. ai era? quer dizer que... fod*-se.

2 comentários:

  1. Nessas alturas viro as costas e vou-me embora.

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  2. ainda pensei nisso mas depois lembrei-me das murphynianas leis e
    não quis arriscar o repetir da situação no café mais próximo...

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