vejo na tv os comentários do cristiano após a final da champions: "estou ligeiramente tocado, (mas) sinto-me feliz". no entretanto (ainda) não está recuperado e assim poderá continuar no próximo par de semanas.
num-percebo, eu quando estou ligeiramente tocado, bebo (mais) um par de tónicos gins até ficar mais compostinho, e depois; bem, depois posso até ressacar no dia seguinte, mas não preciso de um par de semanas para recuperar.
inutilidades diversas e dispersas em circunstâncias complexas mas cumulativas. ou não.
sábado, 31 de maio de 2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
wake me up when september ends
como (des)empregado que agora sou, tive um daqueles convites-que-não-se-recusam (nem se podem recusar) por parte do centro de emprego; qualquer coisa tipo uma formação em comunicação assertiva tipo técnicas e cenas para uma (correcta) procura de emprego.
é sempre bom quando o estado se preocupa connosco.
(e) é sempre bom voltar a acordar às sete para ir aprender a procurar a emprego. a primeira aula da formação não foi boa, nem má; antes pelo contrário. é sempre bom escrever o nome e os restantes dados em sete ou oito diferentes folhas.(obrigado pais por me darem seis-nomes-mais-um-"de"; é sempre bom passar um par de minutos só para escrever o nome numa legível letra.)
anyway, as expectativas eram baixas e surpreendentemente aprendi umas coisas. (quer-se dizer, não foram umas coisas; foi uma) e apenas uma, o que (vendo bem as coisas) nem foi mau de todo. antes pelo contraditório contrário.)
quando nos foi apresentada a calendarização das aulas, um formando levantou o braço e explicou que a próxima "aula" coincidia com uma entrevista de emprego. amavelmente, a formadora explicou-lhe (e explicou-nos) que ele podia justificar a falta à entrevista com a presença na formação mas que não podia justificar a falta à formação com a presença na entrevista. e, naturalmente, a falta à formação implicaria uma série de cenas-tipo-coisas-género-corte-de-todo-e-qualquer-subsídio.
de-modos-que é assim: enquanto estiver em formação-para-aprender-a-procurar-emprego convém não receber nenhuma proposta para ir a uma entrevista de emprego.
assim, e se o telefone tocar, as (minhas) palavras serão: "olhe, muito obrigado pela atenção e por me querer entrevistar mas eu (ainda) estou a aprender a ir entrevistas, de-modos-que o melhor é o senhor(a) marcar-me a entrevista para o dia ipsilon porque até ao dia xis tenho cenas-em-que-me-formar-(e-eventualmente)-aprender. de qualquer modo, obrigado pela atenção e pelo interesse, que eu assim que tiver acabado a formação respondo(-lhe) outra vez ao anúncio de emprego. ok? então-vá, saúdinha-da-boa e tudo-de-bom."
sim, (ele) há cenas-tipo-coisas que não compreendo mas, ao menos esta , (do ponto-de-vista-pata-metafísico-da-coisa) faz todo o sentido.
é sempre bom quando o estado se preocupa connosco.
(e) é sempre bom voltar a acordar às sete para ir aprender a procurar a emprego. a primeira aula da formação não foi boa, nem má; antes pelo contrário. é sempre bom escrever o nome e os restantes dados em sete ou oito diferentes folhas.(obrigado pais por me darem seis-nomes-mais-um-"de"; é sempre bom passar um par de minutos só para escrever o nome numa legível letra.)
anyway, as expectativas eram baixas e surpreendentemente aprendi umas coisas. (quer-se dizer, não foram umas coisas; foi uma) e apenas uma, o que (vendo bem as coisas) nem foi mau de todo. antes pelo contraditório contrário.)
quando nos foi apresentada a calendarização das aulas, um formando levantou o braço e explicou que a próxima "aula" coincidia com uma entrevista de emprego. amavelmente, a formadora explicou-lhe (e explicou-nos) que ele podia justificar a falta à entrevista com a presença na formação mas que não podia justificar a falta à formação com a presença na entrevista. e, naturalmente, a falta à formação implicaria uma série de cenas-tipo-coisas-género-corte-de-todo-e-qualquer-subsídio.
de-modos-que é assim: enquanto estiver em formação-para-aprender-a-procurar-emprego convém não receber nenhuma proposta para ir a uma entrevista de emprego.
assim, e se o telefone tocar, as (minhas) palavras serão: "olhe, muito obrigado pela atenção e por me querer entrevistar mas eu (ainda) estou a aprender a ir entrevistas, de-modos-que o melhor é o senhor(a) marcar-me a entrevista para o dia ipsilon porque até ao dia xis tenho cenas-em-que-me-formar-(e-eventualmente)-aprender. de qualquer modo, obrigado pela atenção e pelo interesse, que eu assim que tiver acabado a formação respondo(-lhe) outra vez ao anúncio de emprego. ok? então-vá, saúdinha-da-boa e tudo-de-bom."
sim, (ele) há cenas-tipo-coisas que não compreendo mas, ao menos esta , (do ponto-de-vista-pata-metafísico-da-coisa) faz todo o sentido.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
david foster wallace #02
"worship your intellect, being seen as smart - you will end up feeling stupid, a fraud, always on the verge of being found out"
terça-feira, 27 de maio de 2014
carrot rope
lanchei uma cenoura enrolada em fiambre.
sabia que o (des)semprego seria complicado,
mas nunca me imaginei numa situação destas.
sabia que o (des)semprego seria complicado,
mas nunca me imaginei numa situação destas.
sexta-feira, 23 de maio de 2014
you oughta know [covered by richard cheese]
volta-meia-volta ia ao mesmo restaurante;
fosse peixe, fosse carne, o acompanhamento era (invariavelmente) arroz e batatas.
e, (invariavelmente) ele pedia (sempre) batatas.
e, (invariavelmente) o empregado trazia-lhe sempre ou só arroz ou arroz e batatas.
e o tempo foi passando;
e se o pedido se mantinha, também o resultado se repetia.
às vezes ele (lá) dizia que tinha pedido só batatas.
e, (invariavelmente) ouvia um "ah...desculpe, enganei-me".
a situação não era de outro-mundo, mas parecendo que não principiava a chatear.
aos poucos começou a congeminar um pérfido plano de vingança.
iria tornar-se pintor e ganhar a confiança do empregado.
chegaria o ponto em que se ofereceria para lhe pintar a casa a um razoável preço.
e depois, (bem, depois) pintar-lhe-ia a casa em tons de amarelo-limão pontuado por azul-cueca.
e depois, (bem, depois) era esperar que o empregado chegasse, visse, contestasse a cor...
...e ele (sarcasticamente) responderia "ah...desculpe, enganei-me".
o (genial) plano estava definido e o relógio começava a contar.
fosse peixe, fosse carne, o acompanhamento era (invariavelmente) arroz e batatas.
e, (invariavelmente) ele pedia (sempre) batatas.
e, (invariavelmente) o empregado trazia-lhe sempre ou só arroz ou arroz e batatas.
e o tempo foi passando;
e se o pedido se mantinha, também o resultado se repetia.
às vezes ele (lá) dizia que tinha pedido só batatas.
e, (invariavelmente) ouvia um "ah...desculpe, enganei-me".
a situação não era de outro-mundo, mas parecendo que não principiava a chatear.
aos poucos começou a congeminar um pérfido plano de vingança.
iria tornar-se pintor e ganhar a confiança do empregado.
chegaria o ponto em que se ofereceria para lhe pintar a casa a um razoável preço.
e depois, (bem, depois) pintar-lhe-ia a casa em tons de amarelo-limão pontuado por azul-cueca.
e depois, (bem, depois) era esperar que o empregado chegasse, visse, contestasse a cor...
...e ele (sarcasticamente) responderia "ah...desculpe, enganei-me".
o (genial) plano estava definido e o relógio começava a contar.
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