nada há de mais difícil que descrever o óbvio.
assim, posso (sempre) nada escrever e citar os escritos de pereira da costa em 1955:
"as portas interiores (...) são os vãos de batentes que funcionam nos portais abertos nas paredes divisórias das edificações".
a segunda opção será nada citar e arriscar a descrição do óbvio, o que descambou em algo como isto:
"as portas interiores são portas interiores porque se localizam no interior das construções, (pois) se se localizassem no limite seriam portas exteriores. é pois essa a grande diferença entre portas exteriores e portas interiores: quando se atravessa uma porta interior passa-se do interior de um compartimento para o interior de outro, (já) com as exteriores passa-se algo diferente: ou se entra no edifício ou se sai do edifício, porque se se passar de uma parte do edifício para outra, (lá está) não é através duma porta exterior mas sim de uma porta interior."
(de modos que) me encontro agora em mais um dos meus não-dilemas:
cito e não uso as minhas palavras?
uso as minhas palavras e nada cito?
intercalo com (pinocas) fotografias as minhas palavras com a citação?
uso só fotografias?
solto um par de espirros e meto baixa?
De entre as referências consideradas doutas ou pelo menos, informadas, M.M. teria com certeza, inferido sobre a necessidade de, na descrição de porta interior, usar a expressão "dispositivo mecânico de abertura/encerramento de espaços intra-fronteiriços".
ResponderEliminarsempre um seu servo,
Sr.P.
caro erro fatal;
ResponderEliminardesde já o meu agradecimento por tão douta dica. só (mesmo) eu, para me aventurar em arquitectónicas descrições sem antes consultar m&m.
acrescento que, (naturalmente) será citado.
saúdinha-da-tónica, éme.
Caro Erro Fatal, esse "sempre um seu servo" entre outras frases e lisongeios trocados entre homônimos começa a ter o seu quê de paneleirisse.
ResponderEliminarA outra metade da laranja, que parece cortada em três,
M.
Cara Maria,
ResponderEliminarNão se preocupe que, neste caso, a lisonja é um bálsamo que se aplica com palmadinhas nas costas e nada mais. A outra lisonja de palmatória, bálsamo mais de esfrega, é reservado a outras aventuras que não a amizade entre homónimos. Decerto algo que a outra sua metade da laranja lhe relembrará sempre que possível, no recanto da vossa intimidade, entre palavras e suspiros, que na vida, tal como nas laranjas, oscilam do amargo ao doce, mas sempre, com a esperança de serem invariavelmente sumarentas!
Caro Erro Fatal, enquanto lia o seu comentário podia "ouvi-lo" como se numa esplanada de Carlos Alberto estivessemos e com a mesma nitidez na minha cabeça decorria a mesma palavra lhe costumo lançar quando resvala no jogo de palavras e que tanto o faz rir. No entanto não posso deixar de o felicitar porque até por escrito consegue ser, e bem, soft-core.
ResponderEliminarQuanto a laranjas sumarentas não pude evitar de lembrar de uma cena de um filme, cena essa que é "bem a sua cara" (vide Kika, Pedro Almodovar).
E agora uma pequena provocação: o senhor é mais ananás!