sexta-feira, 11 de setembro de 2009

o despertar de uma mente por acordar

limitei-me a levantar sem acordar, havia em mim toda uma vontade de continuar a dormir. a dessarrumada gaveta tudo tinha menos brancas t-shirts, virei-me, bati na cómoda e pigarreei. reparei numa amostra solta de uma qualquer revista de trivialidades e enormes seios, entrei para o duche. abri a água, abri os olhos e fechei-os. reabri-os e procurei focar a amostra que garantia maravilhas para a pele facial. procurei abrir-la com os dedos e depois com os dentes. aquilo até podia ser bom para a face mas sabia mal como uma manhã de segunda. espremi o creme paras as mãos, mandei o invólucro para o lixo e espalhei a viscosa cena pelo cabelo. iniciei a actividade cerebral, procurei sair do banho, bati com o joelho e pigarreei. agarrei e reli o invólucro. voltei para o banho e procurei transferir o viscoso creme de cor duvidosa do cabelo para a face. desisti e passei-me por água. saí do duche. retomei a actividade cerebral, o não uso do sabão fez-me reentrar no duche. o despertador reiterava um where's my mind e os minutos teimavam em não se deter. nos entretanto's a água fria terminou e tive de terminar o banho com água quente. quando se sabe que se trabalhará no fim-de-semana as sextas têm menos encanto.

3 comentários:

  1. Ainda que estejas triste com a sexta-véspera-de-sábado-em-que-vou-trabalhar-ora-grande-merda-para-isto-tudo, continuo a achar que não é justo escreveres um texto sem parêntesis...

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  2. obrigado e igualmente, e, assaz perspicácia, meus caros. nem sei como o fiz...mas confesso que ainda pensei em acabar com um parêntesis do género:
    (e no entanto, desconheço porque razão os homens, ao contrário das mulheres, deixam sempre a wc alagada após um banho).

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