terça-feira, 31 de julho de 2012

take the long road and walk it

o caminho faz-se caminhando, é daquelas frases que merece que um tipo pare o carro, abra o vidro, diga a frase ao gajo que pede boleia e (depois) arranque.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

why don't you find out for yourself

seja o da tv ou o da aparelhagem; seja o do dvd ou o da garagem;
todo o comando remoto devia ter um número de telemóvel.
                                      [...e (já agora) as chaves também.]

sexta-feira, 27 de julho de 2012

quinta-feira, 26 de julho de 2012

suicide is painless

indeciso entre radiohead ou jeff buckley;
questionando se uns gomez ou um beck;
titubeante entre os stone roses e os smiths;
vacilando entre uma amy ou uns kaviar;
indefenido entre os primeiros do bowie ou os dos stones;
oscilando ente o frusciante ou qualquer face do mike patton;
irresoluto entre os kings of convinience ou os de leon;
hesitando entre uns blur ou uns massive attack;
ambíguo entre uns pulp ou uns libertines;
duvidando entre uns streets ou uns strokes...
encarei o media player
na certeza que a escolha seria
(cedo ou tarde) insastifatória;
e na certeza de (a mim mesmo)
me pirraçar, optei por take that.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

i will (no man's land)

a vontade de (eu) fazer algo,
é inversamente proporcional
à necessidade de o fazer.

terça-feira, 24 de julho de 2012

in between days

a criança que fui chora na estrada
deixei-a ali quando vim ser quem sou;
mas hoje, vendo que o que sou é nada,
quero ir buscar quem fui onde ficou.

a criança que fui brinca na estrada,
deixei-a ali quando vim ser quem sou;
e hoje, não me arrependendo de nada,
não quero buscar quem fui onde ficou.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

in the heat of the morning

a partir de uma determinada temperatura
um tipo devia ser dispensado do trabalho;
segundo os complexos cálculos que não fiz
penso que a partir dos quatro graus já se justificava.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

sympathy for the devil

como as coisas andam,
não me parece que o diabo perca tempo a amassar pão.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

boss of me

se fosse de mim (mesmo) patrão;
despedia-me com uma (choruda) indemnização.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

when i live my dream

nunca percebi essa malta que larga tudo pelos sonhos;
prefiro donuts.

terça-feira, 17 de julho de 2012

metodologias do (meu) método

procuro iniciar qualquer trabalho
seguindo três elementares princípios:
o primeiro é nunca me lembrar dos outros dois.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

este documento que me (des)espera

há em mim uma troika,
que se me entranhou de vez;
por cada quatro páginas que escrevo,
apago, irremediavelmente, três.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"e o dia começa bem"

haverá (lá) melhor coisa que começar o dia encostado ao balcão enquanto a empregada lava loiça. lança-se um bom-dia, recebe-se um bom dia e os pires continuam a serem lavados. as notícias que a têvê debita são pontuadas pelos tlins da loiça e longe de mim querer interromper o trabalho da senhora. tiro a carteira do bolso e da carteira tiro umas moedas: intercalo os tlins das moedas sobre o balcão com os tlins das chávenas na pia e a minha paciência vai à dabliú-cê. arriscaria um era uma café, se faz favor mas não há em mim a mínima vontade de ouvir um ai era, quer dizer que já não é. (de-modos que) opto por esperar em silêncio enquanto me insulto por não a insultar e depois censuro-me por a querer insultar e depois insulto-me por me censurar e depois... (bem) depois a água pára de correr; a senhora vira-se enquanto limpa às mãos ao eventual e aproxima-se com um bom dia senhor, diga se faz favor. era um cafe´. ai era? quer dizer que... fod*-se.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

quarta-feira, 11 de julho de 2012

noventa e oito

dia após dia, os dias alongavam-se;
sempre um pouco mais
e depois um pouco mais (ainda)
até se tornarem intermináveis.
eram uma continuada tortura contínua
que o ceifavam lentamente.
inconscientemente intencional,
tinha-se sabotado
conscientemente sem querer.
(e) agora era vê-lo ali a (lentamente)
depauperar no lento passar dos dias.
estava como se não estivesse,
arrastava-se pensando andar
enquanto andava a arrastar-se.
já fora feliz,
e (agora) não era infeliz,
apenas assumira o ponto de não retorno
segundo o dia em que começara a se sabotar.
e queixava-se sem ter de quê.
desanimado, desanimou-se;
abraçando, sem ânimo,
esse constante desânimo
que teimava em não o abandonar.
os pequenos nadas da génese
de pequenos nada tinham
e a existirem seriam mínimos.
as razões? não as tinha,
e começava, também, a não as querer (ter).
agastado com tudo,
mas sobretudo consigo,
deu-se a si mesmo cem dias.
não mais, nem menos que
cem (daqueles) dias.

terça-feira, 10 de julho de 2012

pedalando por aí

sky...levanta-se.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

noite(s) longa(s)

...e foi em tal estado para casa,
que passou por um canil,
na esperança de lá deixar a cadela.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

shift not

este blog não tem maiúsculas,
poderia ser um estilo de escrita;
mas é só preguiça.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

e cruzo os braços

tenho tanto para fazer
que decidi não fazer nada;
e no meio desta palhaçada
surgiu uma réstia de esperança:
estou para ver essa história do
quem espera sempre alcança.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

to be or not be(er)

beber da garrafa não será a (melhor) solução para largar os copos.

terça-feira, 3 de julho de 2012

este trabalho que me (des)anima

sinto-me (como) um qualquer símio,
preciso de mudar de ramo.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

más decisões

ainda fez umas cadeiras, mas depois despediu-se da carpintaria e foi estudar.