acordei antes das oito.
há (precisamente) um ano atrás estava a viver o meu primeiro dia de desemprego.
no(s) entretanto(s) o tempo passou e,
se umas quantas cenas se mantiveram, outras quantas coisas mudaram.
e se hoje me levantei antes das oito, há um ano a essa hora estaria para-aí a deitar-me.
anyway, a vila estava deserta e até a praça não tinha mais que um par de pessoas.
passei por uns quantos cafés fechados e entrei no primeiro que tinha a porta aberta.
disse bom-dia à senhora e a senhora disse-me bom dia (a mim).
perguntou-me se queria café; e eu disse que sim.
perguntou-se se eu sabia que dia era; e eu disse que sim.
perguntou-me se (eu) tinha caído da cama, e eu disse que não.
antes que o silêncio se instalasse e (consequentemente) se prolongasse,
achei por bem explicar-me:
sabe, disse eu à senhora, a minha patroa é uma jóia de pessoa;
pedi-lhe para trabalhar no dia de hoje e ela concordou.
em verdade vos digo: posso não ter tido resposta
mas a expressão da senhora foi qualquer coisa de priceless.
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