sábado, 14 de fevereiro de 2009

avalentinado dia

acordei de manhã pensando no porquê de não ter acordado mais tarde. li o jornal pachorrentemente e decidi voltar para casa. o interior da sala e da cozinha assemelhavam-se com um centro de reciclagem e não havia recôndito lugar que não tivesse uma vazia garrafa. decidi que tinha de arrumar tudo e foi sentar-me ao computador, meia hora depois ainda não me tinha decidido pela playlist que me acompanharia na estranha missão de dar um aspecto de casa à casa. não sei se foi durante o tainted love ou tema do alf que me decidi a mexer: levando os bancos para a cozinha e trazendo os papéis para a sala; apanhando aqui e ali e além garragas e deixando-as acomodadinhas junto às máquinas da roupa, iam restos para o lixo enquanto pilha de loiça bailava entre a mesa, o lava-louça e a abençoada máquina que lava aquilo tudo. à medida que o espaço à minha beira aumentava decidi começar a cozinhar para a mi muka. tirei já não sei bem que carnes ou vegetais do congelador e juntei-lhes tudo o me foi aparecendo à frente: o alho pareceu-me uma boa opção e a noz moscada nem por isso, algures por aí adicionei uma sopa instantânea de cebola e arrumei mais umas quantas cenas. no meio disto aparece d. em boxers a balbucionar uma qualquer língua estranha. disse-me que ontem tinha ido ao contagiarte e depois tinha ido com o pm. para o altar. disse-lhe que era na boa, que não tenho qualquer tipo de preconceitos e que inclusivé de manhã tinha comprado o brokeback mountain que vinha com o público. ele fez uma estranha expressão e disse-me que o altar era um bar em cedofeita. após o silêncio disse-lhe que mi muka estava a chegar e acrescentei que, na minha singela opinião, pensava que se ela queria ver um tipo de boxers ao chegar a casa, então que esse tipo deveria ser eu. ele foi tomar banho e eu fui comprar sal; parecendo que não, uma sopa instântanea de cebola faz milagres numa receita, mas pôr-lhe sal também ajuada. desci carregado de garrafas, passei pelo vidrão e pelo supermercado e subi com mais três garrafas. pousei-as, mexi aquilo que estava a fazer e fui comprar sal. no entretanto apareceu a mi muka, falei-lhe na importância das intenções e ela perguntou-me se estava a falar do mestrado ou da ausência da prendas. disfarcei juntando tudo na mesma panela enquanto cantatolava "ai se tivesse olfacto isto iria-me cheirar muito bem. a mesa pôs-se (embora não sozinha), a mistela estava comestível e o vinho deveria figurar nos dez melhores abaixo dos dois euros e meio. comemos gelado enquanto víamos o how i met your mother, e agora enquanto ela se arranja e eu teclo por aqui apercebo-me que dentro de umas horitas estarei no centro luso-venezuelano de grijó a ouvir um sul-americano cantor carregado de êxitos dos anos oitenta. e é essa beleza de namorar com uma venezuelana, se não fosse por ela, hoje acabaria o dia na casa da música a ouvir tindersticks ou então tinha dado um salto ao salão erótico...oh vida.

4 comentários:

  1. sempre ouvi dizer que o amor fazia milagres. E não é que faz! Espero que o centro luso venezolano tenha alcool para poderes passar bem a noite. Mas nem tudo foi perfeito, a "sopa de cebola" ...

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  2. Acredito q desde q haja alcool consigas ultrapassar isso na boa...e ainda podes levar o mp3 com Tindersticks! ;)
    abraço!

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  3. s.valentim deve ter caído do altar, nem uma prenda compraste pa moça?! vinho de 2€?! shame on you

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  4. Admite no fue asi tan malo;verdad.Besitos

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