inutilidades diversas e dispersas em circunstâncias complexas mas cumulativas. ou não.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
2+2=5 (the lukewarm)
surgido timidamente por entre as trocadas palavras,o primeiro beijo surgiu sem surgir, num aproximar de lábios entre a ténue distância e distância nenhuma. seguiu-se um segundo beijo que nos lábios nasceu e morreu. e as palavras sumiram-se, e as respirações emiscuíram-se, e ao terceiro beijo libertaram-se os lábios e, ainda que timidamente, intrometeram-se as línguas. ao quarto beijo, esquecida a timidez, prolongou o beijo enquanto mastigava um pãozito de alho. estranhamente, nunca percebeu o porquê de o quinto beijo nunca ter aparecido.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
suando com mary-louise parker
assim que a barriga de p. se começou a assemelhar à minha, ele começou a preocupar-se. disse-me que ia começar a fazer exercício e pouco tempo depois anunciou(-me) que, ainda que sentado, andava mesmo a matutar nisso. falou-me (mais) umas quantas vezes do assunto até que um dia, pousou o saco de gomas, levou a bicicleta-que-não-anda para a frente do computador, pôs um episódio do weeds e começou a pedalar. nos primeiros dias o balanço entre o pedalar e o não-pedalar era coerente até que estranhamente começou a pedalar durante todo o episódio. nestes dias, já nem parece o mesmo, (ainda) ontem, só para não parar de pedalar, pediu-me que lhe chegasse o tabaco e o isqueiro.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
the sniffNot #01 (wip)
há muito que não choro,
que não verto uma lágrima
nem há aguados olhos em mim,
e tenho saudades.
(...era reconfortante ou, pelo menos, refrescante).
talvez tenha sido num entretanto
ou (mesmo) num qualquer pequeno nada
ou talvez tenha sido por um qualquer talvez.
sei (apenas sei)
que (já) não choro,
e que as lágrimas
antes de (me) aflorarem os olhos
descem e atam-se à garganta.
...
ontem enfiei-me no duche,
e por momentos senti que
a água que por minha face escorria
eram lágrimas minhas.
mas não,
não eram lágrimas nem pingos,
era shampoo.
(...e depois, sim, chorei)
que não verto uma lágrima
nem há aguados olhos em mim,
e tenho saudades.
(...era reconfortante ou, pelo menos, refrescante).
talvez tenha sido num entretanto
ou (mesmo) num qualquer pequeno nada
ou talvez tenha sido por um qualquer talvez.
sei (apenas sei)
que (já) não choro,
e que as lágrimas
antes de (me) aflorarem os olhos
descem e atam-se à garganta.
...
ontem enfiei-me no duche,
e por momentos senti que
a água que por minha face escorria
eram lágrimas minhas.
mas não,
não eram lágrimas nem pingos,
era shampoo.
(...e depois, sim, chorei)
domingo, 16 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
comunicado (eventualmente) importante
caros leitores (quer um como o outro):
após solicitação da malta do acordo ortográfico, assim como do ministério do terceiro cê (entre o gabinete de estado da saúdinha-e-quejandos e a real sala dos estranhos-passos) este blogue recomenda a todos vós que, na eventualidade de ouvirem um qualquer atchim, substituam o tradicional saúde-barra-santinho por um veemente e sibilante "f*da-se para o méxico".
após solicitação da malta do acordo ortográfico, assim como do ministério do terceiro cê (entre o gabinete de estado da saúdinha-e-quejandos e a real sala dos estranhos-passos) este blogue recomenda a todos vós que, na eventualidade de ouvirem um qualquer atchim, substituam o tradicional saúde-barra-santinho por um veemente e sibilante "f*da-se para o méxico".
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
sentidos votos
espero (sentidamente) que chova,
pouco ou muito, ou muito pouco (não interessa),
desde (claro está) que chova,
às gotas e aos cântaros,
às pingas e aos potes,
certinha ou nem por isso...
o que quero é que chova,
seja molha-parvos ou encharca-palermas
seja o que for, desde que molhada seja;
e quero ver as sarjetas alagadas,
e quero ver as poças no granito da calçada,
e quero ver as nuvens a verter,
gota a gota ou pingo a pingo
(tanto faz), o que importa é que chova
e que inevitavelmente tudo se alague
sim, espero que chova
por hoje, amanhã e depois,
de agora em diante e continuamente...
e se não puder chover,
que pingue incessantemente,
num irritante ping ping,
num desesperante splash, splash.
águinha, para vós e para as vossas férias.
pouco ou muito, ou muito pouco (não interessa),
desde (claro está) que chova,
às gotas e aos cântaros,
às pingas e aos potes,
certinha ou nem por isso...
o que quero é que chova,
seja molha-parvos ou encharca-palermas
seja o que for, desde que molhada seja;
e quero ver as sarjetas alagadas,
e quero ver as poças no granito da calçada,
e quero ver as nuvens a verter,
gota a gota ou pingo a pingo
(tanto faz), o que importa é que chova
e que inevitavelmente tudo se alague
sim, espero que chova
por hoje, amanhã e depois,
de agora em diante e continuamente...
e se não puder chover,
que pingue incessantemente,
num irritante ping ping,
num desesperante splash, splash.
águinha, para vós e para as vossas férias.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
(sinceramente) pensando em ti
atendi o telefone e ouvi (a) sua voz; disse-lhe que estava a pensar nela e ela, se não acreditou, fingiu não acreditar. disse-lhe que não tinha necessidade de mentir, que se estivesse a pensar noutra qualquer cena lhe diria que estava a pensar noutra coisa qualquer, mas acontecia(-me) estar a pensar nela. disse-me para não ser assim, que não (o) repetisse pois nos entretantos (ainda) começaria a acreditar. devemos ter sorrido num aquece-que-não-arrefece e ela quis ouvir mais: se pensava nela por pensar ou qual o pequeno nada que tinha disparado o clique; procurei mudar de assunto enquanto, pela última vez, olhava o desproporcionado cartaz que anunciava uma lipoaspiração não invasiva a partir de uns quantos euros.
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