há uns quantos tempos (e que até foram uns quantos),
José Régio escreveu:
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
– Sei que não vou por aí!
mais do que um poeta, Régio foi um visionário
que previu (ao pormenor) o cartaz do rock in rio 2008.
inutilidades diversas e dispersas em circunstâncias complexas mas cumulativas. ou não.
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
modas e maus humores
porque raio os bolsos do casaco com aberturas para guardar canetas têm a profundidade de meio lápis?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
da (minha) organização do espaço
procuro ser metodicamente desorganizado nos espaços em que habito. tenho toda a casa (divisões, armários e estantes) organizada segundo duas variantes: as partes "a-arrumar-num-futuro-próximo" e as zonas desarrumadas. é um método que resulta (excepto quando me pedem o boletim de vacinas).
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
semânticas ou ai(s) [outra vez]
dar o braço a torcer não é uma expressão que se deva utilizar em conversas com endireitas.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Kosovo; metendo os pés pelas mãos
após (in)determinados tempos de saturada reflexão (ou nem por isso), mantenho a dúvida da posição a tomar (por este blog) face à autoproclamada independência do Kosovo. por um lado penso que sim, por outro os norte-americanos também. no entanto não sou anti-americano e até poderei alinhar (nem que seja só) para fazer pirraça aos russos. daí que, por estas e outras, e porque no final delas meti os pés pelas mãos e me perdi, que (me) pergunto: dar com os pés a uma podologista é iniciar ou acabar uma relação?
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
ai Portugal, Portugal...
ontem não vi a entrevista do zé que nos (des)governa. e quanto aos analistas que devem ter falado a seguir também os ignorei. relativamente aos jornais de hoje, passei essas ditas páginas à frente. já não tenho paciência para caros palavreados de relevância nula. há que enfrentar a realidade e a verdade é que o país que temos é (somente) um esboço daquilo que em tempos foi. já nada bate certo. para onde caminha o país (ou para onde poderemos caminhar) se nos dias que correm chove a potes por todo o país, com direito a catástrofes e sucessivos directos, e pelo Porto nem umas gotinhas caíram?
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
prison break três, presos outra vez
apesar de não muito contente com o episódio final da anterior temporada, o certo é que (re)colei ao prison break. por umas quantas razões que não sei bem quais e pelo Robert Knepper cuja interpretação de Theodore "T-Bag" Bagwell (me) merece uma vénia e penso que também um globo de ouro (ou pelo menos um prisma de alumínio, sei lá). o que me faz pensar no seguinte,
será possível ler a sina a um maneta, ou é gente sem futuro?
será possível ler a sina a um maneta, ou é gente sem futuro?
sábado, 16 de fevereiro de 2008
eu aqui sem aqui estar
por vezes, desencontro-me.
e é algo que (me) sucede amiúde.
talvez existam (possíveis) motivos que desconheça,
ou (então) desconheço-os por não existirem.
desencontro-me de mim, e é só.
é como se (ali) estivesse sem estar,
ou não estando e (simultaneamente) ir ficando
sem saber (muito bem) se estou ou não.
não sei. sei que de mim me desencontro
e se (depois) me encontro é por não me procurar.
sucede-me e é só;
e nem sei sei se é um "e é só" inofensivo.
desencontro-me e vou por aí sem sair do sítio,
e (sempre) sem resposta para quem me encontra
e me pergunta por onde ando.
quanto muito estarei num lusco fusco mental,
e daí que talvez não. não sei.
sei que (facilmente) me desencontro
e que a resposta é definitivamente talvez.
desencontro-me de mim e de mim me desencontro...
...e por vezes cruzo-me com desconhecidos,
(ou pelo menos há uma ínfima parte de mim que se cruza).
e falam-me e eu não oiço,
e vêem-me sem que eu os veja.
e dos meus lábios nem um olá ou um bom dia.
não é má educação (minha),
é (somente) um palerma que me habita e teima em não tirar férias.
e é algo que (me) sucede amiúde.
talvez existam (possíveis) motivos que desconheça,
ou (então) desconheço-os por não existirem.
desencontro-me de mim, e é só.
é como se (ali) estivesse sem estar,
ou não estando e (simultaneamente) ir ficando
sem saber (muito bem) se estou ou não.
não sei. sei que de mim me desencontro
e se (depois) me encontro é por não me procurar.
sucede-me e é só;
e nem sei sei se é um "e é só" inofensivo.
desencontro-me e vou por aí sem sair do sítio,
e (sempre) sem resposta para quem me encontra
e me pergunta por onde ando.
quanto muito estarei num lusco fusco mental,
e daí que talvez não. não sei.
sei que (facilmente) me desencontro
e que a resposta é definitivamente talvez.
desencontro-me de mim e de mim me desencontro...
...e por vezes cruzo-me com desconhecidos,
(ou pelo menos há uma ínfima parte de mim que se cruza).
e falam-me e eu não oiço,
e vêem-me sem que eu os veja.
e dos meus lábios nem um olá ou um bom dia.
não é má educação (minha),
é (somente) um palerma que me habita e teima em não tirar férias.
parece-me interessante ser-se (disfarçadamente) pessimista. eis algo que (pelo não ou pelo sim) vou querer para mim. ou não. e daí que talvez sim. até porque não se negam cigarros a quem não fuma. e daí que talvez sim. (pelo menos) eu achava que sim. mas isso era quando (também eu) fumava. agora que não fumo (embora vá fumando) começo a defender (preementemente ou não) que não se negam cigarros a quem não fuma. mas isso agora não interessa nada, até porque a prosa já vai longa e tenho uma vaga ideia que nem era nada disto que queria escrever. é por outras (e talvez por estas) que definitivamente talvez.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
semânticas portugas
morfologicamente falando (e não só mas também), um projecto do c*r*lh* não deveria ter a mesmíssima qualidade que um projecto da pila?
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
ai
homem que é homem,
indepentemente das adversidades, contrariedades e dificuldades,
tudo enfrenta sem vacilar.
contra ventos, entregas ou tempestades
contra tudo e contra todos (e mais alguns se caso for)...
excepto (claro está) em caso de gripe.
(e aí,) é vê-lo dizer ai de cinco em cinco minutos,
e gemer continuamente de quando em vez.
expressando expressões de puro sofrimento
em caso de se ter de deslocar ou apenas ajeitar a almofada.
pondo uma carita triste antes de tomar uma aspirina que seja
e queixando-se de todo o sabor de qualquer medicamento.
agoniando com o gosto do mel com o limão e
comendo uma canja como se de um osso se tratasse.
(e sempre com uma contínua expressão de agonia intensa.)
e os ais que nunca páram,
e os uis que se repetem,
e os gemidos que não acabam,
assim como o arzito de quem morrerá em breve.
homem que é homem, em caso de atchim,
tem todo o direito em ser piegas.
(e em caso de dúvida, duplo ai.)
indepentemente das adversidades, contrariedades e dificuldades,
tudo enfrenta sem vacilar.
contra ventos, entregas ou tempestades
contra tudo e contra todos (e mais alguns se caso for)...
excepto (claro está) em caso de gripe.
(e aí,) é vê-lo dizer ai de cinco em cinco minutos,
e gemer continuamente de quando em vez.
expressando expressões de puro sofrimento
em caso de se ter de deslocar ou apenas ajeitar a almofada.
pondo uma carita triste antes de tomar uma aspirina que seja
e queixando-se de todo o sabor de qualquer medicamento.
agoniando com o gosto do mel com o limão e
comendo uma canja como se de um osso se tratasse.
(e sempre com uma contínua expressão de agonia intensa.)
e os ais que nunca páram,
e os uis que se repetem,
e os gemidos que não acabam,
assim como o arzito de quem morrerá em breve.
homem que é homem, em caso de atchim,
tem todo o direito em ser piegas.
(e em caso de dúvida, duplo ai.)
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
trama(dos) dias
escolhe uma trama.
opta por um tipo e por um padrão
(e se é associativa ou não).
ajusta o ângulo e aprimora a escala,
calcula-lhe o ponto de origem e o espaçamento
e confere-lhe (o correcto) alinhamento.
ignora ou escolhe uma detecção normal
e uma tolerância que não corra mal.
seleciona uma polilinha anteriormente desenhada
ou seleciona a zona a aplicar
(rezando para o cad não crashar...)
pré-visiona e corrige.
repete o último passo umas quantas vezes,
e umas quantas vezes depois aprimora um pouco mais.
do you really want to do this?
não, estava só a (ver) passar o tempo...
opta por um tipo e por um padrão
(e se é associativa ou não).
ajusta o ângulo e aprimora a escala,
calcula-lhe o ponto de origem e o espaçamento
e confere-lhe (o correcto) alinhamento.
ignora ou escolhe uma detecção normal
e uma tolerância que não corra mal.
seleciona uma polilinha anteriormente desenhada
ou seleciona a zona a aplicar
(rezando para o cad não crashar...)
pré-visiona e corrige.
repete o último passo umas quantas vezes,
e umas quantas vezes depois aprimora um pouco mais.
do you really want to do this?
não, estava só a (ver) passar o tempo...
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
e quê, 'tá tudo?
se não fosse muito incómodo gostava que fosses para o c*r*lho. não tens de ir já, nem de modo algum apressares-te. só gostava que fosses. senão agora então depois. mas vai, sim? e se te impossível for, então faz(-me) o obséquio de ires à m*rd*. se não for muito transtorno (claro) nem o desvio for grande. mas vai. vai para o diabo; sozinho ou acompanhado é-me indiferente, desde que a companhia não seja eu. e (mesmo) não querendo ser inoportuno, cravava-te a benevolência de ires morrer longe ou lentamente definhares por aí. chamar-te-ia (mesmo) nefasta criatura e dir-te-ia para arderes no inferno, mas (também) não queria ser incoveniente. até porque gosto tanto da fotossíntese como outra pessoa qualquer. e então, ainda por aqui? mas ainda aqui porquê? porque não vais? vai, vai dar uma volta ao snooker pequeno ou ao bilhar grande (tanto faz), mas vai. vai. vai-te embora ou vai-te f*d*r. mas vai. vai e não voltes tarde que amanhã é feriado e temos umas minis para ir beber à noite.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
há tipos assim, coerentes
... nunca imaginei - confidenciou-me q. - estive a ver os projectos do zé e nunca pensei que ele tivesse tanto jeito para a arquitectura como para governar o país.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
a equidade dos sexos
(hoje) gostaria de expressar tudo aquilo que penso sobre o zé que nos (des)governa; mas como não tenho dinheiro para ser processado, optei por escrever sobre uma realidade (bem) menos triste. já repararam que cada vez mais se esbate a diferença entre sexos? mais que a igualdade (nem todos queremos ter seios) é cada vez maior a equidade de tratamentos que a sociedade civil nos dispensa. seja em países desenvolvidos, na faixa de Gaza ou em Portugal, esbatem-se (cada vez mais) as diferenças de tratamento de direitos e oportunidades segundo o género. o fim das sociedades patriarcais aproxima-se e o mundo começa a fazer (um pouco mais de) sentido. até o número de bombistas suicidas femininas tem aumentado exponencialmente.
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