sexta-feira, 31 de julho de 2009

matinal larica, a questão.

há entre mim e a escolha deum iogurte líquido um qualquer desfasamento; por mais que me prepare para beber um de limão aparecem-me sempre sabores estranhos no frigorífico; do de morango com chochobits e chili não me queixo (nem sei como não pensaram nisso antes), agora iogurtes líquidos com sabor a bolachas de baunilha parace-me (claramente) um abuso; onde raio encontrarei (eu) umas bolachinhas com sabor a iogurte natural com pedaços de pêssego para completar o lanchinho?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

especialistas cuscos

disse-lhe que era melhor ele ir ver um especialista; que eles não tratavam apenas malucos e que que cada vez mais as pessoas a eles recorriam; disse-me que não, que ganhasse juízo, disse-lhe que não era o meu juízo que estava em questão e ameaçei-o com um-murro-a-dar-para-o-bem-dado. ele perguntou se eu falava a sério e eu semicerrei os olhos, puxei o braço atrás e em pouco menos que um nada tinha o seu punho no meu queixo. ainda pensei em fazer beicinho mas optei por um buááááá. o sentimento de culpa levou-o a aceitar o meu conselho. dias mais tarde acompanhei-o ao especialista. ele, não confortável, foi relaxando aos poucos. quando chamaram o seu nome, levantou-se e ao passar a porta olhou para trás como um qualquer concorrente da chuva-de-estrelas. pouco menos ou mais de cinco minutos depois e ele já estava cá fora; pá, disse-me, não estás a ver cena, não é que tipa em vez de fazer o trabalho dela, estava (muito) mais interessada em ouvir falar da minha vida?

quarta-feira, 29 de julho de 2009

sim, (mas) não percebo.

mas que ideia (é) essa de chamar silly season ao período em que os políticos vão de férias (?).

terça-feira, 28 de julho de 2009

perdido (por onde me levam meus passos)

percorro o granito da calçada como noutro dia qualquer
sem desgastar o cubo das esquinas em inúteis esperas;
e procuro evitar o lixo que por aí se arrasta
segundo um desastrado melhor-é-impossível nicholsiano.
vagueio desnorteado no comum trilho do meu norte,
e o ter-de-ir-ali-a-um-sítio nunca foi tão real.
a cada passo dado multiplicam-se os pares de passos a dar,
num eterno aproximar que se distancia na (própria) aproximação.
há entre mim e meus passos um murray que se perdeu em tokyo,
(mas beco após travessa...scarlett nem vê-la)
os rostos que por mim passam e não os foco parecem-me familiares,
mas ficam-se no desconhecido de um bom-dia por dizer.
e meto as mãos na algibeira e não encontro nada
perguntando-me, de mim para mim,
quem me terá ficado com o isqueiro.
sei por onde vou, sem saber para onde vou;
e é simultaneamente a rotina dos dias num não-comum dia
e, sem saber (bem) porquê, continuo a caminhar,
e, quanto mais caminho, mais fico perto do que ficou por percorrer.
e sobra uma pergunta que tabela e ressalta
nas profundezas do meu (tão próprio) eu:
(e as minhas chaves de casa, onde estão?)

sexta-feira, 24 de julho de 2009

gracias

passaram trinta dias e eu sem cozinhar; confesso que não foi fácil; foram dias de ah-e-tal-mas-tenho-de-ir-ali-a-um-sítio e oh-pá-são-cenas-...-tipo-coisas, passando pelo sim-mas-não-é-essa-a-questão-...-é-complexo, e irremiavelmente (lá) apareciam as refeições à minha frente. sim, confesso que quando de mim para mim me propus a tão espectacular tarefa nunca pensei alcançá-la (tão facilmente). a todos aqueles que contribuíram* para tal, espero (bem) que não leiam este post. [*onde se lê contribuíram dever-se-á ler cozinharam.]

quinta-feira, 23 de julho de 2009

transporte público a preço privado

o mundo é grande e assim para o vasto e para além disso ainda tem muitos táxis. os taxistas é que são só são dois: os que por ti passam e quase te atropelam, buzinam e berram, te ultrapassam onde é difícil e et caetera e tal; e os que tu apanhas, que travam na iminicência de um qualquer amarelo e reduzem assim que alguém que se arrasta se aproxima de uma passadeira. mas há surpresas, o de hoje não se importou da pequena corrida e no final (ainda) me desejou saúdinha da boa. saúdinha-da-boa, disse ele, e o dia correu-me bem.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

buáááááááááááááááááá...

não adianta chorar sobre o leite derramado,
pois, mas e se for uma mini fresquinha?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

octo-splash-verme (wip without punchline)

farto da ex-eterna procura pelo três minutos de pop perfeita voltei-me para os octovermes do antigamente. estranho como músicas que nos acompanharam durante tanto ou tão pouco tempo se perdem nesse mesmo (lento) passar do tempo. voltei a colar no "still remains"; não era o "double-decker bus que em nós podia crashar" mas um "take a bath, i'll drink the water that you leave"; e o que eu gostava desse pedaço de prosa, sentindo-o como o supra-sumo-do-que-quer-fosse numa desesperada declaração de um qualquer whatever. mas isso era noutro tempo, era num tempo em que o amor ia de mãos dadas ao cinema para comer pipocas. hoje, ao re-ouvir a música, mantém-se o prazer de a ouvir, mas onde outrora via o que via, hoje vejo um blargh; sim, o amor até poder ser um ah e tal que arde e chamusca mas daí a (ser) um olha lá, não te queres desnudar e enfiar na banheira, é que está um calor a dar para o quente e eu já bebia um shot de sarro com pedaços de germes.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

suit up (...for legen...)

>hoje
a despedida de solteiro
>amanhã
o casamento entre o (amigo) gajo do rrrrock e a menina das noites brancas
>fácil
dizer à mamã que já comprei o fato e não vou ao casamento de calças de ganga
>difícil
dizer ao papá que a camisa branca e a gravata num diferente branco; as calças em xadrez preto e branco e casaquinho de malha branco serão a (minha) fatiota para o casório.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

the not post'able one

a única cadeira disponível era uma cadeiras de rodas e foi nela que ele se sentou. procurou manobrá-la mas desistiu pouco antes de descobrir que a mesma estava travada; no entretanto bocejou num misto de soninho e preguiça e pouco depois bocejou outra vez mais. à medida que os olhos se fechavam principiou a se aninhar, e não contente com semelhantes propósitos no local de trabalho (ainda) murmurou qualquer coisa como >este tipo de cadeiras é um descarado convite ao soninho-bom, deve ser por isso que a malta que as usa não se levanta para nada.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

rai's-parta-a-historinha

...na saúde e na doença, ainda vá-que-não-vá,
mas num concerto da brandi carlile???

terça-feira, 14 de julho de 2009

sim, mas essa não é a questão

hoje de manhã, por volta daquela hora em que se não trabalhasse não estaria acordado, passou por mim outra pessoa com uma daquelas-máscaras-tipo-moda-no-japão. não fosse o soninho em mim e teria-lhe perguntado se a máscara era por causa de um exarcebado panisguismo face ao agá-um-éne-um ou somente mais um tributo ao michael jackson.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

politiquices

pode um gajo de esquerda ser um tipo às direitas?

sexta-feira, 10 de julho de 2009

badochismo: prós e contras

isto de agora ser um badocha tem os seus prós e os seus nem por isso's. dos nem por isso's nem por isso vou escrever, mas é bom saber que se fizer a barba antes de ir ao hipermercado dá para pagar na caixa das grávidas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

a crise e a pirraça (ou a pirraça e a crise)

e depois olhou-me, com o mais natural dos ares, dizendo-me, com um fugaz sorriso, que cada café era um euro e vinte; não (me) desarmei, busquei em mim, também, um naturalíssimo ar e pedi-lhe um café estupidamente cheio e uma chavinazinha extra.

terça-feira, 7 de julho de 2009

águas forma luso;

beba um bocado e fique jantado.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

(not) plácidas segundas

hoje de manhã não acordei com o matinal cafeinado mas com um chiar de rodas (bem) perto de mim. a senhora pediu desculpa e (eu) disse-lhe que não fazia mal, que podia ficar para outro qualquer dia, desde, claro está, que fosse noutra qualquer segunda. não tenho em mim qualquer desejo de morte, até porque penso que será (muito) mais fácil comprar gomas estando vivo do que nem por isso, mas se num qualquer futuro for atropelado, espero (sinceramente) que seja numa segunda de manhã. até porque, de momento, não vejo nada mais deprimente do que ser atropelado numa qualquer sexta à tarde após uma semana de trabalho.