sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

camisola amarela, o gaulês

ontem; a noite já ia longa quando cheguei a casa e antes (mesmo) de abrir a porta do quarto meti a pé na poça. achei literalmente estranho mas não eram horas para me estar a preocupar. lembro-me de abrir a porta e deparar com um dantesco cenário caótico claramente superior à desarrumação tradicionalmente instalada, mas logo a seguir fechei os olhos na esperança de os abrir perante uma diferente visão. no entretanto puxei por um cobertor, dei um salto à cozinha para furtar um achocolatado leite do frigorífico e fui deitar-me no sofá da sala. tive o cuidado de orientar estrategicamente o computador para ver mais um episódio da gray's anatomy mas nem me lembrei de colocar os puff's ao lado do sofá.
hoje; o acordar foi novamente doloroso, não havia necessidade da minha costela ir meter conversa com o tapete da sala. e foi entre ai's e ui's que me ergui pensando no estranho sonho que tinha tido. depois cheguei ao quarto e descobri que não sonhei nada. o tecto falso estava espalhado pelo soalho da quarto e pelos mosaicos da casa de banho. havia gesso cartonado nas adidas titan e pingas de reboco na gravata favorita. ver a cama parcialmente salpicada de uma nhanha cinzenta custou-me mas das esborratadas botinhas novas de lisa sola não tive pena nenhuma; e no meio disto tudo, um tímido ping ping largava a corroída tubagem para ir ter com o rodapé.
oh vida, e eu que sempre pensei que o facto do obélix e restantes gauleses temerem a queda do céu sobre suas cabeças fosse apenas uma (in)útil palermice.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

dias de iNOTulidade

e eis que chega o fim; dos dia de nunhum-fazer intercalados por noites de tardios copos ficaram as memórias (ou faltas delas). voltar a trabalhar é bom, ainda que um pouco assustador.

se eles gostaram (assim tanto do potfolio) não estarei enferrujado o suficiente para superar as expectativas? e sei também que nada disto interessa: de volta a um arquitectónico atelier com lápis na mão e uma folha de projecto pergunto-me se projectar uma praia fluvial não será areia demais para a minha camioneta?

encharcado mau humor

mas porque raio hei-de dizer e ouvir um repetido bom-dia num molhado dia de chuva como este?

ps2. esfomeado mau humor (rjd2 alheira's remix)
se o jantar é ensopado de alcachofras com beringelas grelhadas,
poupem-me o bom apetite.

psd. arrastado mau humor (dj'aiaiui's esforçated re,mix)
se me vires a coxear, nem estou bem nem vou andando.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

há limites,

apesar de por vezes recorrer ao politicamente (in)correcto, nunca escrevi sobre tsunamis, não é a minha onda.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

gugu-dádá

há uma criança em mim...
...que teima em não atinar com os novos isqueiros bic...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

a técnica do fraude

confesso a minha falta de paciência perante o caso freeport. sinceramente parece-me feio, e nada bonito, que teimem em falar mal do nosso dito primeiro engenheiro, ainda para mais num período de pré-várias-eleições. na verdade, a única coisa que me aconchega é que mais dia, menos dia, um qualquer sensacionalista noticiário vai nos mostrar a todos, que à hora das duvidosas reuniões, o dito engenheiro estava na faculdade a ter aulas de inglês técnico.

domingo, 25 de janeiro de 2009

octoverme do dia: gallery piece, of montreal (gracias pela dica súbtil menina).

lição aprendida

quando ela te diz O que é que TÚ achas? poderá querer saber um milhão de coisas, mas nenhuma terá a ver com a tua opinião.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

tardia homenagem

não fui a nenhuma bye-bush-bye-party (o ai-ai-ui assim não o permitiu) e não tendo ouvido o inaugural discurso, acabei por lê-lo (e sublinhar demasiadas passagens) no seguinte dia. e ontem, in ou conscientemente, acabei por o homenagear cozinhando um grelhado-bacalhau-à-la-obama. a receita foi a do costume, mas distraí-me e fiquei demasiado tempo ao computador.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

ode ao matarruano amor

'môr, queres um conselho do fundo do coração?
não me peças mais nada.

eu (ou a irrefutável prova)

há uns quantos anos atrás, mediante académicos trabalhos multidisciplinares, escreveu-se que por à mais bê (ou éme mais quê, não sei precisar as iniciais premissas) se poderia concluir que ao contrário do homem, a mulher consegue pensar e executar mais do que uma tarefa ao mesmo tempo. modéstia aparte, mas a partir do âmago das (minhas) inutilidades, posso aqui anunciar, faz-favor, que o eu aqui é a prova viva da (tão) errada teoria: como homem, sou perfeitamente capaz de (simultaneamente) dormir como um patinho e ressonar numa distorção de fazer inveja aos mars volta.

agora a sério (mas só hoje)

'tugas, só para avisar que o euromilhões é uma coisa e um boletim de votos é outra (em comum apenas têm o facto de uma cruzinha mal colocada nos poder fazer perder dinheiro, e muito. dos jackpot's que haverão nada direi, mas as eleições serão quatro e pensem bem antes de colocarem a chave do costume, seria lamentavel acabarmos o anos com um "cruzes credo" na boca.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

procurando perceber allen

quando o woody escreveu que "a realidade é chata, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife" quereria (somente) nonsensizar ou chateou-se com um vegetariano?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

tê-éme-éne

o número que tentou contactar já está disponível.
se não acabou com saldo à bocado, pode f*dê-l* agora.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

já bebias água...

tentei explicar a p. que ele poderia ter um problema com a bebida. ele disse-me que não, que não me preocupasse, que pensaria no assunto quando numa manhã se arrastasse para a wc, ignorasse a gillette e bebesse um shot de old spice.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

foi assim que (não) aconteceu

a cumplicidade entre ambos foi imediata; ela tinha um rosto bonito e um singelo corpo e a cada piada de t. os seus lábios sorriam ladeados por duas delicadas covinhas, e se mais nada se passou, foi por ela ser muçulmana.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

pobre ronaldo

não há paciência para os senhores da fifa; anda o cristiano menino a (constantemente) brincar com as bolas e, ainda assim, a conseguir sempre arranjar um tempinho para delinear as sobrancelhas, fazer a depilação e ter sempre o cabelito impecável; usar os brincos a combinar com os anéis e as pulseiras da mesma colecção que o fio; com as riscas da t-shirt da mesma cor que os atacadores dos ténis e de lágrima no olho sempre que fala da mãe....e vão os senhores da fifa e dão o prémio de melhor futebolista feminina a uma brasileira??? francamente.
ps. ai.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ai (ou a deprimência da dor)

olá e ai outra vez, e se o olá até que se dispensava, o ai nem por isso. presentemente, qualquer despreocupado movimento voluntário é sinónimo de lancinante dói-dói e não há um um movimento involuntário que não necessite de um ai; um mero atchim é dor digna de um mártir e se um sorriso até se suporta, uma gargalhada é um cruciante tormento e uma dor que dói sem se ver. e é esta a deprimência dos repousados dias, não poder rir é trocar todas as temporadas do seinfield e os episódios do how I met your mother, os sketches dos monty python e os gag's de um little britain por um você na tv ou umas tardes da júlia. e eu até concluiria isto com um "oh vida" mas fico-me por um "f*d*-se".

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

camisola amarela, a lesão

hoje acordei em atroz sofrimento. tentei virar-me para esquerda e doía, experimentei para o outro lado e doía também. no entretanto espirrei e doeu a valer. ainda pensei em dizer ai, mas não tinha ninguém ao lado... num titânico esforço arrastei-me para a casa-de-banho com uma máscula atitude pontualmente interrompida por um gemer baixinho. entrei no duche e, azar dos azares, deixei cair o sabão; ao bruscamente baixar-me senti-me como que a fazer férias em guantanamo (sinceremente sempre pensei que as dores de apanhar um sabonete do chão tivessem outro motivo).
ao chegar à sala expliquei ao meu pai que estava em atroz sofrimento, ele chamou-me menino a mim e ressaca à dor e continuou a fazer o que que não estava a fazer. experimentei a técnica do repetido ai intercalado por um prolongado ui e ele foi-se embora. decidi tomar uma atitude à homem e disse-lhe que ia telefonar a minha mãe; ele disse-me que não valia a pena enquanto pegava nas chaves do carro.
o percurso foi torturoso, assim que soltei um ai na primeira rotunda, ele mudou o percurso de modo a conseguir percorrer o máximo de rotundas possíveis. só não tomei uma atitude porque estava sem saldo e a minha mãe desconhece o significado de um kolmi.
no hospital, e apesar da etiqueta amarela, fui atendido em menos de um hora (e eu que até aqueria esperar sete horas e meia só para aparecer na tvi...). a médica, essa, foi simpática e perguntou-me se tinha bebido ou caído na noite anterior; disse-lhe que sim e que não, que sim, que tinha bebido na noite anterior e que não, que não tinha caído na noite anterior embora tivesse dado um tombo na passagem de ano em virtude das botinhas novas de sola lisa e um chão de bar com mais bebida que o balcão. após o raio xis deu-se a sentença: O menino tem uma costela partida, deve ter sido da queda do ano novo e hoje ao dormir deu-lhe um mau jeito; vai-lhe doer durante umas seis semanas, tome estes medicamentos em caso de atroz sofrimento. evite fazer esforços e tente repousar o máximo possível. disse-lhe que que ficasse descansada porque na verdade tenho imenso jeito para não fazer nada.
à saída mostrei o raio xis ao meu pai e perguntei-lhe qual o melhor caminho para ir à farmácia. sete rotundas depois estávamos em casa, falei-lhe no atroz sofrimento e mencionei uns quantos ais; ele disse-em que os medicamentos são para maricas e começou a contar histórias da tropa.
e eis-me aqui agora, em atroz sofrimento e prolongada agonia na esperança que a mãmã chegue para eu recomeçar com os ais...
...oh vida, eu já sabia que era um tanto ou quanto lento de raciocínio mas ter um atraso corporal de treze dias em relação a mim mesmo é (frustrantemente) frustrante.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

o percurso académico (ou dinheiro em falta)

ao longo do meu percurso académico, poucas foram as vezes que não tive um dez. o não ter direito ao rendimento mínimo garantido é (para mim) um mistério.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

altura de saldos

hoje o meu descafeínado foi-me servido por um tipo inusitadamente alto; após ponderar um (bom) bocado resolvi começar a imbirrar com o pessoal estupidamente alto; pensei inclusivé em dar-lhe um murro, mas ele era demasiado alto, se fosse mais baixo ainda tinha pensado duas vezes e daí, que não, se ele fosse baixo eu ja não embirrava com ele. e na verdade, não embirro particularmente com ele, apenas, e no geral, embirro com a malta a dar para o absurdamente alta. isso é gente que vai às compras no último dia de saltos, traz o que quer com mais de setenta por cento de desconto e ainda pode escolher as cenas em várias cores. já eu, após o segundo dia de promoções a vinte por cento já não encontro o meu número em lado nenhum.
e quê, se eu comprar qualquer coisa xxl e mandar para a máquina a alta temperatura será que aquilo encolhe certinho?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

o sexo e os espirros

segundo esse marco da informação nacional que é a revista maria, há uma relação entre o espirro e o sexo segundo a equação: quanto-mais-espirras-mais-em-sexo-pensas. ou seja, o entupimento das urgências nada teve a ver com entupimentos nasais, na verdade, somos um país de tarados.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

o elixir da vida eterna

tentei explicar a p. que não era por ele andar (sempre)  de sapatilhas que poderia evitar bater as botas.

chateámo-nos... (ou a (in)felicidade)

perguntou-me se, por ela, punha as mãos no fogo; disse-lhe que não, que magoava.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

à atenção de uns quantos

é só para avisar que começo a irritar-me profundamente com essa malta que vai às tantas da manhã abastecer a viatura. um gajo está ali para comprar um maço de tabaco e tem que (inusitadamente) ficar à espera. pensem nisso.

domingo, 4 de janeiro de 2009

ariel

b. queixou-se da (sua) cadela, que não era esquisita, que comia cd's e dvd's e não dizia que não a um bom livro. disse-lhe que em vez de se chatear, devia era estar orgulhoso: aquela cadela é um poço de cultura.

sábado, 3 de janeiro de 2009

pedro miguel

parece que agora andam por aí crianços que apenas têm um nome próprio. não percebo, como é que as mães os chamam quando (eles) não se portam bem?

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

o cigarro (ou o optimismo realista)

se é para deixar de fumar, eu consigo sempre. já consegui seis vezes e para a semana sou capaz de conseguir outra vez

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

contrariamente à malta da prisão de ventre,

tenho uma enorme facilidade em fazer m*rd*...