terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ai (ou a deprimência da dor)

olá e ai outra vez, e se o olá até que se dispensava, o ai nem por isso. presentemente, qualquer despreocupado movimento voluntário é sinónimo de lancinante dói-dói e não há um um movimento involuntário que não necessite de um ai; um mero atchim é dor digna de um mártir e se um sorriso até se suporta, uma gargalhada é um cruciante tormento e uma dor que dói sem se ver. e é esta a deprimência dos repousados dias, não poder rir é trocar todas as temporadas do seinfield e os episódios do how I met your mother, os sketches dos monty python e os gag's de um little britain por um você na tv ou umas tardes da júlia. e eu até concluiria isto com um "oh vida" mas fico-me por um "f*d*-se".

6 comentários:

  1. Enquanto te conseguires manter longe dos Morangos com Açúcar ainda podes dizer que tens dignidade!

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  2. Dores atrozes e atroz sofrimento e ainda tens de sofrer a atrocidade de, para além de não suportares as atrozes dores inerentes ao visionamento dessas duas grandes séries, teres de ver o Você na TV e As Tardes da Júlia?
    Isso é sofrimento atroz a mais para uma só pessoa, estou de luto por ti.
    Só uma coisa... Não tens ataques de riso a ver aquelas xaropadas? Eu tinha!

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  3. Noutro dia, enquanto caminhava pela colunata da praça de São Pedro, ouvi um Senhor de saias brancas e um chapéu pinoco, comentar com outro senhor vestido de negro e vermelho, que pensava em canonizar mais um Pedro, Santo Pedro Aze(re)do, e criar uma galeria de estátuas ali mesmo só de santos pedros...

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  4. cara dreama: e o rebelde way, pode ser?
    cara joana: obrigado pelo luto, mas quanto aos ataques de riso, olhe que não, olhe que não;
    caros arquitectos: se eu vir os senhores de estranhas vestes tentarei que eles atribuam o projecto de tão inevitável proposta ao atelierE.

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  5. Partilho o gosto quanto às séries. E dependendo desse gosto, uma pessoa pode achar o você na tv, assim como as tardes da júlia, programas interessantes ou enfadonhos. Eu não possuo opinião porque não costumo ver.
    Agora sempre há a esperança de que, daqui a uns tempos, as gragalhadas já podem ser sentidas sem dor. Gostei deste blog :)

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