sexta-feira, 6 de junho de 2014

everything counts

os dias de formação estão de volta, e há em mim toda uma emoção do tipo inexistente. mas o que tem de ser, tem muita força; e à força de ter de ir, lá vou.
chego cedo; (e) a conta-gotas (lá) vão surgindo os outros formandos; há neles uma emoção em tudo semelhante à minha, e se somássemos todas essas emoções obteríamos uma percentagem em tudo semelhante à percentagem de álcool numa cerveja sem álcool; ou seja, se se medisse a (nossa) vontade numa escala de vinhos, estaríamos (todos) ao nível de uma plástica garrafa de fanta uva.

sucede-se o momento da boa-educação-a-pacotes; (e) todos fazemos o gesto de deixar o outro entrar primeiro... é só boa educação e estender-de-braços e no fim, esgotadas todas as cerimónias, lá (lentamente) entramos; um-a-um, sem pressas ou confusões.

recebi os vossos mails, comunica a formadora, alguém não me enviou as provas de procura de emprego?
[nop, todos fizeram os tê-pê-cês, nenhum gato comeu os tê-pê-cês e nenhum autocarro se atrasou; ou noutras palavras, uma turma exemplar.]

ainda não vi tudo; mandaram-me tanta coisa...
[e quê, queres ver que a malta desempregada emprega o tempo a procurar emprego? quem diria...]

bem, hoje vamos falar de entrevistas-de-emprego; como ir, o que fazer, como se apresentar, essas coisas...
[pois, até porque como já sabemos que mais vale faltar a uma entrevista do que faltar à assertiva formação, o melhor mesmo é aprendermos o que fazer numa entrevista de emprego quando não pudermos faltar por estarmos a ter uma formação que nos ensina a procurar trabalho...]

por exemplo, as mulheres às vezes até vão ao cabeleireiro para se arranjarem. isso dá a imagem que gastam dinheiro em cabeleireiros, e lá está, poderão ser logo excluídas. o melhor mesmo é arranjarem (vocês) o cabelo, ou então pedirem a uma amiga com jeito-para-a-cena para vos dar uma mãozinha.
[pois, não estou a ver nenhum amigo (meu) com jeito para me pôr gel no cabelo, de-modos-que o melhor é começar a pensar nisso, ou então inscrevo-me numa capilar formação de vinte-e-cinco-horas e (sempre) fico apto para ajudar quem precise (de semelhante serviço).]

se tiverem um bom carro, não o estacionem no parque ou perto do local de entrevista; eles depois vêem que vocês têm um bom veículo e vocês ficam logo excluídos.
[bem visto, ainda hoje andei de metro e era uma carruagem toda moderna, a ver se não repito o erro; para a próxima vou de autocarro, e só apanho um que já esteja a pedir a reforma (até porque se for dos novos, lá está, sou (logo) excluído).]
[ok, estou a exagerar, o meu micro-carro têm mais de uma década, de-modos-que se calhar aparecer com meio-carro até pode ser um bónus.]

falei-vos dos carros, e o mesmo se aplica aos acessórios... não apareçam com malas ou brincos caros, porque (lá está) eles vêem que vocês estão bem e (que) não precisam de trabalhar e upa-upa, ficam logo excluídos....
[e esta hein? por esta não esperava eu. tenho um relógio único (no sentido em que nenhum dos outros funciona); lembro-me de o ter comprado depois de uns tempinhos a poupar para ele. não é que tenha sido muito caro, mas também não foi barato. e eu gosto de andar de relógio, aliás, sempre que me esqueço de o pôr, saio de casa com a sensação que me falta algo, e depois, quando acabo por ir ver as horas fico a olhar para o pulso e lembro-me que me esqueci do relógio, o que depois me sucede em intervalos cada vez mais curtos....
de-modos-que, este post (já) está mais longo que um post muito longo e, em vez de escrever (ainda mais) o melhor é mesmo parar de escrever e, aproveitar que parou de chover, para ir à agá-e-éme (ou a uma qualquer asiática loja e comprar um relógio...]

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