segunda-feira, 9 de junho de 2014

wolf at the door

se as meias-patilhas não foram responsabilidade minha, o mesmo não posso dizer da ideia de ter aparado apenas metade do cabelo. de-modos-que acordei como o sideshow bob (mas sem a vontade de matar o bart em particular).

não havia em mim a excitação de último dia de aulas, mas sabia que depois de almoço estaria mais aliviado.

vamos finalizar falando de tipos de pessoas; sabem, não somos todos iguais... há pessoas assertivas, outras que são activas, e naturalmente também existem as passivas....
[só o idiota da mesa do meio se riu, mas lá parou quando se apercebeu que era o único.]

...mas antes umas senhoras falar-vos-ão de uns cursos com muita procura no mercado de trabalho.
[não dúvido, mas procurar vender cursos de quase três mil euros a um grupo de desempregados parece-me tão pertinente como procurar fazer negócios com vegatarianos em feiras de enchidos transmontanos]

bem, para não vos chatear com as diferentes definições dos diversos tipos de pessoas, vou-vos mostrar um filme....
[ok, o melhor é tentar não arriscar um palpite, mas a arriscar inclinar-me-ia para o grande ditador.]

o filme é o crash...
[cronenberg... não posso, por esta não esperava eu, (só) não estou a ver a relação, mas tudo bem.]

o filme tem uma década, mas continua actual...
[ok, afinal é o do paul haggis, e assim já faz (mais) sentido; se tens uma audiência de (forçados) desempregados, que poderá haver de melhor que um filme que mistura diversas personagens em conflitos vários, com o desespero a funcionar como uma constante e os preconceitos a multiplicarem-se; (enfim) uma história feita de múltiplas histórias onde há sempre alguém pronto a passar-se ou pura-e-simplesmente a explodir.... uma história de pedaços de histórias (in)varialmentes tristes e injustas.]

e no entretanto terminei a assertiva formação; dentro de um par de meses receberei o certificado. mal posso esperar: qual licenciatura, qual pós-graduação, qual quê? com esta adição às (minhas) habilitações académicas já ouço o emprego a bater-me à porta. é só um segundo, vão fazendo fila que eu já vou.

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