continuo em formação, apontando (cuidadosamente) todas as pequenas minudências que possam, mais tarde ou mais cedo, fazer a diferença entre o arranjar (ou não) emprego.
"não imprimam o vosso curriculum vitae em folhas coloridas (...) o ideal é (mesmo) o papel branco".
(e eu que já tinha comprado umas folhas azul-cueca para entregar no Porto e umas amerelinhas-limão para enviar para o Estoril...)
"e também não imprimam os currículos em folhas com cheiro (...) imaginem que escolhem uma com cheiro a jasmim e depois quem recebe a carta é alérgico ao jasmim (...) lá está, ficam logo de parte".
(e é isto, tinha eu comprado bacon para barrar os currículos que envio para Trás-os-Montes e vai-se a ver e (ainda) me arrisco, não só a continuar desempregado, como a ser perseguido por um vegetariano.)
"não fica bem imprimir o vosso currículo em diferentes cores (...) o ideal é (mesmo) imprimir a preto."
(quer-se dizer, andei eu a fazer um degradé com a experiência profissional em fúcsia e a formação académica em bordô e afinal o monocromático (preto) é que fica pinoca.)
"...e mais, apenas e só um tipo de letra, nunca mais (que um); não é complicado, é apenas-e-só escolher qualquer um e usar apenas esse".
(não é que discorde, mas tenho para mim que um comic sans, mesmo só e não acompanhado, tem o mesmo carisma que o (in)seguro tózé.)
"...ah, e no final na carta de apresentação não se despeçam com "beijos fofos"."
(pois, e eu que gosto (e uso amiúde) o saúdinha-da-boa lá terei que optar por um qualquer "cordialmente" ou (mesmo) um "com-os-melhores-cumprimentos".)
"...e lembrem-se (que) há determinadas áreas que não estão a recrutar ninguém"
(ao menos isso, porque eu tinha para mim que não eram "determinadas" mas apenas "todas".)
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