inutilidades diversas e dispersas em circunstâncias complexas mas cumulativas. ou não.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
prevenindo o remedeio
devido à possibilidade de fiscalização informática optei por instalar software islâmico nos computadores fixos. assim, e em caso de fiscalização surpresa, facilmente poderei mandar as torres abaixo.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
o trabalho liberta. sim, e as entregas?
há quem defenda que a manhã é o melhor período para trabalhar e há quem defenda que a 'alturinha ideal" é ao fim da tarde, especialmente se for após uma sesta. certos espécimes de determinadas áreas apregoam que não, dizendo que 'rendem mais à noite'. por mim, o melhor período de trabalho foi, se será sempre, ontem; até porque hoje não me apetece fazer nada.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
se isto se escreve #01
eu era, e seria (sempre) eu;
e ela, bem, ela...
...ela era tão put* que (eu) nem tinha dinheiro para a mandar f*der.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
o despertar de uma mente por acordar
limitei-me a levantar sem acordar, havia em mim toda uma vontade de continuar a dormir. a dessarrumada gaveta tudo tinha menos brancas t-shirts, virei-me, bati na cómoda e pigarreei. reparei numa amostra solta de uma qualquer revista de trivialidades e enormes seios, entrei para o duche. abri a água, abri os olhos e fechei-os. reabri-os e procurei focar a amostra que garantia maravilhas para a pele facial. procurei abrir-la com os dedos e depois com os dentes. aquilo até podia ser bom para a face mas sabia mal como uma manhã de segunda. espremi o creme paras as mãos, mandei o invólucro para o lixo e espalhei a viscosa cena pelo cabelo. iniciei a actividade cerebral, procurei sair do banho, bati com o joelho e pigarreei. agarrei e reli o invólucro. voltei para o banho e procurei transferir o viscoso creme de cor duvidosa do cabelo para a face. desisti e passei-me por água. saí do duche. retomei a actividade cerebral, o não uso do sabão fez-me reentrar no duche. o despertador reiterava um where's my mind e os minutos teimavam em não se deter. nos entretanto's a água fria terminou e tive de terminar o banho com água quente. quando se sabe que se trabalhará no fim-de-semana as sextas têm menos encanto.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
crónica do pássaro de corda
é deprimente quando as férias acabam antes do livro que se levou para ler.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
2+2=5 (the lukewarm)
surgido timidamente por entre as trocadas palavras,o primeiro beijo surgiu sem surgir, num aproximar de lábios entre a ténue distância e distância nenhuma. seguiu-se um segundo beijo que nos lábios nasceu e morreu. e as palavras sumiram-se, e as respirações emiscuíram-se, e ao terceiro beijo libertaram-se os lábios e, ainda que timidamente, intrometeram-se as línguas. ao quarto beijo, esquecida a timidez, prolongou o beijo enquanto mastigava um pãozito de alho. estranhamente, nunca percebeu o porquê de o quinto beijo nunca ter aparecido.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
suando com mary-louise parker
assim que a barriga de p. se começou a assemelhar à minha, ele começou a preocupar-se. disse-me que ia começar a fazer exercício e pouco tempo depois anunciou(-me) que, ainda que sentado, andava mesmo a matutar nisso. falou-me (mais) umas quantas vezes do assunto até que um dia, pousou o saco de gomas, levou a bicicleta-que-não-anda para a frente do computador, pôs um episódio do weeds e começou a pedalar. nos primeiros dias o balanço entre o pedalar e o não-pedalar era coerente até que estranhamente começou a pedalar durante todo o episódio. nestes dias, já nem parece o mesmo, (ainda) ontem, só para não parar de pedalar, pediu-me que lhe chegasse o tabaco e o isqueiro.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
the sniffNot #01 (wip)
há muito que não choro,
que não verto uma lágrima
nem há aguados olhos em mim,
e tenho saudades.
(...era reconfortante ou, pelo menos, refrescante).
talvez tenha sido num entretanto
ou (mesmo) num qualquer pequeno nada
ou talvez tenha sido por um qualquer talvez.
sei (apenas sei)
que (já) não choro,
e que as lágrimas
antes de (me) aflorarem os olhos
descem e atam-se à garganta.
...
ontem enfiei-me no duche,
e por momentos senti que
a água que por minha face escorria
eram lágrimas minhas.
mas não,
não eram lágrimas nem pingos,
era shampoo.
(...e depois, sim, chorei)
que não verto uma lágrima
nem há aguados olhos em mim,
e tenho saudades.
(...era reconfortante ou, pelo menos, refrescante).
talvez tenha sido num entretanto
ou (mesmo) num qualquer pequeno nada
ou talvez tenha sido por um qualquer talvez.
sei (apenas sei)
que (já) não choro,
e que as lágrimas
antes de (me) aflorarem os olhos
descem e atam-se à garganta.
...
ontem enfiei-me no duche,
e por momentos senti que
a água que por minha face escorria
eram lágrimas minhas.
mas não,
não eram lágrimas nem pingos,
era shampoo.
(...e depois, sim, chorei)
domingo, 16 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
comunicado (eventualmente) importante
caros leitores (quer um como o outro):
após solicitação da malta do acordo ortográfico, assim como do ministério do terceiro cê (entre o gabinete de estado da saúdinha-e-quejandos e a real sala dos estranhos-passos) este blogue recomenda a todos vós que, na eventualidade de ouvirem um qualquer atchim, substituam o tradicional saúde-barra-santinho por um veemente e sibilante "f*da-se para o méxico".
após solicitação da malta do acordo ortográfico, assim como do ministério do terceiro cê (entre o gabinete de estado da saúdinha-e-quejandos e a real sala dos estranhos-passos) este blogue recomenda a todos vós que, na eventualidade de ouvirem um qualquer atchim, substituam o tradicional saúde-barra-santinho por um veemente e sibilante "f*da-se para o méxico".
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
sentidos votos
espero (sentidamente) que chova,
pouco ou muito, ou muito pouco (não interessa),
desde (claro está) que chova,
às gotas e aos cântaros,
às pingas e aos potes,
certinha ou nem por isso...
o que quero é que chova,
seja molha-parvos ou encharca-palermas
seja o que for, desde que molhada seja;
e quero ver as sarjetas alagadas,
e quero ver as poças no granito da calçada,
e quero ver as nuvens a verter,
gota a gota ou pingo a pingo
(tanto faz), o que importa é que chova
e que inevitavelmente tudo se alague
sim, espero que chova
por hoje, amanhã e depois,
de agora em diante e continuamente...
e se não puder chover,
que pingue incessantemente,
num irritante ping ping,
num desesperante splash, splash.
águinha, para vós e para as vossas férias.
pouco ou muito, ou muito pouco (não interessa),
desde (claro está) que chova,
às gotas e aos cântaros,
às pingas e aos potes,
certinha ou nem por isso...
o que quero é que chova,
seja molha-parvos ou encharca-palermas
seja o que for, desde que molhada seja;
e quero ver as sarjetas alagadas,
e quero ver as poças no granito da calçada,
e quero ver as nuvens a verter,
gota a gota ou pingo a pingo
(tanto faz), o que importa é que chova
e que inevitavelmente tudo se alague
sim, espero que chova
por hoje, amanhã e depois,
de agora em diante e continuamente...
e se não puder chover,
que pingue incessantemente,
num irritante ping ping,
num desesperante splash, splash.
águinha, para vós e para as vossas férias.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
(sinceramente) pensando em ti
atendi o telefone e ouvi (a) sua voz; disse-lhe que estava a pensar nela e ela, se não acreditou, fingiu não acreditar. disse-lhe que não tinha necessidade de mentir, que se estivesse a pensar noutra qualquer cena lhe diria que estava a pensar noutra coisa qualquer, mas acontecia(-me) estar a pensar nela. disse-me para não ser assim, que não (o) repetisse pois nos entretantos (ainda) começaria a acreditar. devemos ter sorrido num aquece-que-não-arrefece e ela quis ouvir mais: se pensava nela por pensar ou qual o pequeno nada que tinha disparado o clique; procurei mudar de assunto enquanto, pela última vez, olhava o desproporcionado cartaz que anunciava uma lipoaspiração não invasiva a partir de uns quantos euros.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
matinal larica, a questão.
há entre mim e a escolha deum iogurte líquido um qualquer desfasamento; por mais que me prepare para beber um de limão aparecem-me sempre sabores estranhos no frigorífico; do de morango com chochobits e chili não me queixo (nem sei como não pensaram nisso antes), agora iogurtes líquidos com sabor a bolachas de baunilha parace-me (claramente) um abuso; onde raio encontrarei (eu) umas bolachinhas com sabor a iogurte natural com pedaços de pêssego para completar o lanchinho?
quinta-feira, 30 de julho de 2009
especialistas cuscos
disse-lhe que era melhor ele ir ver um especialista; que eles não tratavam apenas malucos e que que cada vez mais as pessoas a eles recorriam; disse-me que não, que ganhasse juízo, disse-lhe que não era o meu juízo que estava em questão e ameaçei-o com um-murro-a-dar-para-o-bem-dado. ele perguntou se eu falava a sério e eu semicerrei os olhos, puxei o braço atrás e em pouco menos que um nada tinha o seu punho no meu queixo. ainda pensei em fazer beicinho mas optei por um buááááá. o sentimento de culpa levou-o a aceitar o meu conselho. dias mais tarde acompanhei-o ao especialista. ele, não confortável, foi relaxando aos poucos. quando chamaram o seu nome, levantou-se e ao passar a porta olhou para trás como um qualquer concorrente da chuva-de-estrelas. pouco menos ou mais de cinco minutos depois e ele já estava cá fora; pá, disse-me, não estás a ver cena, não é que tipa em vez de fazer o trabalho dela, estava (muito) mais interessada em ouvir falar da minha vida?
quarta-feira, 29 de julho de 2009
sim, (mas) não percebo.
mas que ideia (é) essa de chamar silly season ao período em que os políticos vão de férias (?).
terça-feira, 28 de julho de 2009
perdido (por onde me levam meus passos)
percorro o granito da calçada como noutro dia qualquer
sem desgastar o cubo das esquinas em inúteis esperas;
e procuro evitar o lixo que por aí se arrasta
segundo um desastrado melhor-é-impossível nicholsiano.
vagueio desnorteado no comum trilho do meu norte,
e o ter-de-ir-ali-a-um-sítio nunca foi tão real.
a cada passo dado multiplicam-se os pares de passos a dar,
num eterno aproximar que se distancia na (própria) aproximação.
há entre mim e meus passos um murray que se perdeu em tokyo,
(mas beco após travessa...scarlett nem vê-la)
os rostos que por mim passam e não os foco parecem-me familiares,
mas ficam-se no desconhecido de um bom-dia por dizer.
e meto as mãos na algibeira e não encontro nada
perguntando-me, de mim para mim,
quem me terá ficado com o isqueiro.
sei por onde vou, sem saber para onde vou;
e é simultaneamente a rotina dos dias num não-comum dia
e, sem saber (bem) porquê, continuo a caminhar,
e, quanto mais caminho, mais fico perto do que ficou por percorrer.
e sobra uma pergunta que tabela e ressalta
nas profundezas do meu (tão próprio) eu:
(e as minhas chaves de casa, onde estão?)
sexta-feira, 24 de julho de 2009
gracias
passaram trinta dias e eu sem cozinhar; confesso que não foi fácil; foram dias de ah-e-tal-mas-tenho-de-ir-ali-a-um-sítio e oh-pá-são-cenas-...-tipo-coisas, passando pelo sim-mas-não-é-essa-a-questão-...-é-complexo, e irremiavelmente (lá) apareciam as refeições à minha frente. sim, confesso que quando de mim para mim me propus a tão espectacular tarefa nunca pensei alcançá-la (tão facilmente). a todos aqueles que contribuíram* para tal, espero (bem) que não leiam este post. [*onde se lê contribuíram dever-se-á ler cozinharam.]
quinta-feira, 23 de julho de 2009
transporte público a preço privado
o mundo é grande e assim para o vasto e para além disso ainda tem muitos táxis. os taxistas é que são só são dois: os que por ti passam e quase te atropelam, buzinam e berram, te ultrapassam onde é difícil e et caetera e tal; e os que tu apanhas, que travam na iminicência de um qualquer amarelo e reduzem assim que alguém que se arrasta se aproxima de uma passadeira. mas há surpresas, o de hoje não se importou da pequena corrida e no final (ainda) me desejou saúdinha da boa. saúdinha-da-boa, disse ele, e o dia correu-me bem.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
buáááááááááááááááááá...
não adianta chorar sobre o leite derramado,
pois, mas e se for uma mini fresquinha?
pois, mas e se for uma mini fresquinha?
segunda-feira, 20 de julho de 2009
octo-splash-verme (wip without punchline)
farto da ex-eterna procura pelo três minutos de pop perfeita voltei-me para os octovermes do antigamente. estranho como músicas que nos acompanharam durante tanto ou tão pouco tempo se perdem nesse mesmo (lento) passar do tempo. voltei a colar no "still remains"; não era o "double-decker bus que em nós podia crashar" mas um "take a bath, i'll drink the water that you leave"; e o que eu gostava desse pedaço de prosa, sentindo-o como o supra-sumo-do-que-quer-fosse numa desesperada declaração de um qualquer whatever. mas isso era noutro tempo, era num tempo em que o amor ia de mãos dadas ao cinema para comer pipocas. hoje, ao re-ouvir a música, mantém-se o prazer de a ouvir, mas onde outrora via o que via, hoje vejo um blargh; sim, o amor até poder ser um ah e tal que arde e chamusca mas daí a (ser) um olha lá, não te queres desnudar e enfiar na banheira, é que está um calor a dar para o quente e eu já bebia um shot de sarro com pedaços de germes.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
suit up (...for legen...)
>hoje
a despedida de solteiro
>amanhã
o casamento entre o (amigo) gajo do rrrrock e a menina das noites brancas
>fácil
dizer à mamã que já comprei o fato e não vou ao casamento de calças de ganga
>difícil
dizer ao papá que a camisa branca e a gravata num diferente branco; as calças em xadrez preto e branco e casaquinho de malha branco serão a (minha) fatiota para o casório.
a despedida de solteiro
>amanhã
o casamento entre o (amigo) gajo do rrrrock e a menina das noites brancas
>fácil
dizer à mamã que já comprei o fato e não vou ao casamento de calças de ganga
>difícil
dizer ao papá que a camisa branca e a gravata num diferente branco; as calças em xadrez preto e branco e casaquinho de malha branco serão a (minha) fatiota para o casório.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
the not post'able one
a única cadeira disponível era uma cadeiras de rodas e foi nela que ele se sentou. procurou manobrá-la mas desistiu pouco antes de descobrir que a mesma estava travada; no entretanto bocejou num misto de soninho e preguiça e pouco depois bocejou outra vez mais. à medida que os olhos se fechavam principiou a se aninhar, e não contente com semelhantes propósitos no local de trabalho (ainda) murmurou qualquer coisa como >este tipo de cadeiras é um descarado convite ao soninho-bom, deve ser por isso que a malta que as usa não se levanta para nada.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
rai's-parta-a-historinha
...na saúde e na doença, ainda vá-que-não-vá,
mas num concerto da brandi carlile???
mas num concerto da brandi carlile???
terça-feira, 14 de julho de 2009
sim, mas essa não é a questão
hoje de manhã, por volta daquela hora em que se não trabalhasse não estaria acordado, passou por mim outra pessoa com uma daquelas-máscaras-tipo-moda-no-japão. não fosse o soninho em mim e teria-lhe perguntado se a máscara era por causa de um exarcebado panisguismo face ao agá-um-éne-um ou somente mais um tributo ao michael jackson.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
badochismo: prós e contras
isto de agora ser um badocha tem os seus prós e os seus nem por isso's. dos nem por isso's nem por isso vou escrever, mas é bom saber que se fizer a barba antes de ir ao hipermercado dá para pagar na caixa das grávidas.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
a crise e a pirraça (ou a pirraça e a crise)
e depois olhou-me, com o mais natural dos ares, dizendo-me, com um fugaz sorriso, que cada café era um euro e vinte; não (me) desarmei, busquei em mim, também, um naturalíssimo ar e pedi-lhe um café estupidamente cheio e uma chavinazinha extra.
terça-feira, 7 de julho de 2009
segunda-feira, 6 de julho de 2009
(not) plácidas segundas
hoje de manhã não acordei com o matinal cafeinado mas com um chiar de rodas (bem) perto de mim. a senhora pediu desculpa e (eu) disse-lhe que não fazia mal, que podia ficar para outro qualquer dia, desde, claro está, que fosse noutra qualquer segunda. não tenho em mim qualquer desejo de morte, até porque penso que será (muito) mais fácil comprar gomas estando vivo do que nem por isso, mas se num qualquer futuro for atropelado, espero (sinceramente) que seja numa segunda de manhã. até porque, de momento, não vejo nada mais deprimente do que ser atropelado numa qualquer sexta à tarde após uma semana de trabalho.
terça-feira, 16 de junho de 2009
festa. privada?
nas ruas do Porto já é possivel ver os cartazes de s. joão espalhados por muros e paredes. têm um grafismo todo e tal e cenas e parecem ser apelativos para os que páram e ficam (para eles) a olhar. têm também umas letras todas catitas e dizem cenas, não dizem é a data. e eu que até curtia ir...
quarta-feira, 27 de maio de 2009
esclarecimento (ou não)
quinta-feira, 26 de março de 2009
oh vida...
uma vez que a barriga teima em continuar a crescer e a sua escala há muito que extravasa a casa dos vinte's, decidi-me mudar para a casa dos trinta's.
ps. tal não invalida que mandem as prendinhas para a morada do costume.
quarta-feira, 25 de março de 2009
a violência urbana
relativamente à rivalidade entre gangs, t. defende que a melhor política não é policiamento de proximidade, mas sim o incentivo puro-e-duro. quando questionado porquê, costuma responder com um lacónico: Menos sobram.
terça-feira, 24 de março de 2009
design for all
no âmbito das acessibilidades e do desenho para todos tenho adaptado os acessos e as comunicações horizontais e verticais dos edifícos públicos às recomendações da legislação em vigor. nos últimos tempos tenho projectado adaptações para uma escola primária; tal como nos outros trabalhos tive que propor corrimãos e faixas de sinalização táctil para as escadas existentes e projectar rampas quando os declives assim o exigiram. presentemente encontro-me a projectar os espaços exteriores intra-muros: houve que propor um pavimento pré-fabricado para todos os espaços de circulação e definir (muito bem) o pavimento específico para as zonas de recreio activo bem como faixas anti-derrapantes para a transposição para o recreio passivo. na verdade, nunca pensei que os putos-de-agora se assumissem tão cedo...
segunda-feira, 23 de março de 2009
nas artes e fora delas
há uma pequena diferença entre h. e van gogh; h. até as orelhas dos maços aproveita.
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
rói-te de inveja, schumacher
ia eu, hoje pela manhã, a conduzir ali para um sítio quando por mim passou um ciclista de telemóvel na mão e interessante conversa. Parei de cantarolar a decadência dos fumadores à porta do hospital e usei o neurónio acordado para questinar a pertinência de multar ciclistas ao temóvel. o convicto raciocínio só foi interrompido pelo acordar do segundo neurónio; com a voz ainda rouca e rindo de baixinho perguntou-me qual a sensação de ser ultrapassado por um ciclista ao telemóvel.
segunda-feira, 16 de março de 2009
pode a discussão amorosa gerar euros?
ela confrontou-me comigo próprio, defendendo que eu tanto digo uma coisa como afirmo outra; da minha boca apenas saiu um "eu não menti; a verdade é que mudou". ela teria mil e dois motivos para me arrasar, só que após tamanha barbaridade eu alheei-me da conversa e, agarrando no telemóvel, tentei ligar para todos os partidos políticos que conheço. parecendo que não, parece-me uma óptima frase para as próximas eleições.
sexta-feira, 13 de março de 2009
opções
isto de ter um emprego que não pára de me dar trabalho e simultaneamente querer manter um blog com regulares postagens parece-me cada vez mais complicado de gerir. alguém sabe como me posso despedir com justa causa?
quinta-feira, 12 de março de 2009
m. (ausente)
hoje estive para postar aqui uma cena, mas, no entretanto, fui fazer outra coisa qualquer.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
a desinspiração
...disse-lhe para não ser chato e ele disse-me que um chato é um cego que tem pontos de vista sobre tudo.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
o novo código do trabalho
face ao novo código laboral a minha posição é clara: ainda não tomei nenhuma posição. na verdade, a minha (in)decisão prende-se como uma questão que não foi aflorada por nenhum dos meios de comunicação que consulto: durante o meu horário de trabalho, posso levar o jornal para o wc?
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
o carregador amarelo
parece que as várias marcas se vão unir para criar um carregador de telemóvel universal. a mim parece-me bem, há que facilitar a vida às lojas chinesas.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
cinéfilas traduções
confesso que gostava de ser um daqueles tipos que esmifra o cérebro a fazer traduções de filmes ou séries. não deve ser fácil pensar em men in trees e optar por um amor no alaska. dentro do género sempre gostei de um filme cuja tradução literal seria o suspeito da casa ao lado: um thriller que joga com a incerteza de se saber se o vizinho da porta ao lado é um psicopata ou simplesmente alguém que embora bata-muito-mal seja assim-p'ró-inofensivo. é claro que este filme tem piada para os ingleses, uma vez que em portugal o nome é simplesmente "o criminoso da porta ao lado". o que me parece bem, para quê estarmos a perder mais de noventa minutos da nossa vida numa dúvida que se pode dissipar num simples título. por mim tudo bem, se algum dia tiver essa profissão altero o título d'o sexto sentido para o médico está morto.
ps. estou mortinho por ver o novo do oliveira, sessenta e cinco minutos de filme é de louvar, será que o bilhete será mais barato?
ps. estou mortinho por ver o novo do oliveira, sessenta e cinco minutos de filme é de louvar, será que o bilhete será mais barato?
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
medidas para a crise
o governo já fez anunciar a proposta de restringir a venda de alcóol a menores de dezoito anos. do ponto de vista político parece-me uma óptima medida: aquilo é gente que não vota.
ressacada montaria
ele deitou-se tarde e mal e com resquícios de sangue no alcóol. ainda assim, ergueu-se cedo por não querer perder a montaria para a qual à muito que estava convidado. no final aquilo não correu nem mal nem bem: os seus tiros falharam três lebres mas ainda assim virou o barco sobre dois coelhos.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
avalentinado dia
acordei de manhã pensando no porquê de não ter acordado mais tarde. li o jornal pachorrentemente e decidi voltar para casa. o interior da sala e da cozinha assemelhavam-se com um centro de reciclagem e não havia recôndito lugar que não tivesse uma vazia garrafa. decidi que tinha de arrumar tudo e foi sentar-me ao computador, meia hora depois ainda não me tinha decidido pela playlist que me acompanharia na estranha missão de dar um aspecto de casa à casa. não sei se foi durante o tainted love ou tema do alf que me decidi a mexer: levando os bancos para a cozinha e trazendo os papéis para a sala; apanhando aqui e ali e além garragas e deixando-as acomodadinhas junto às máquinas da roupa, iam restos para o lixo enquanto pilha de loiça bailava entre a mesa, o lava-louça e a abençoada máquina que lava aquilo tudo. à medida que o espaço à minha beira aumentava decidi começar a cozinhar para a mi muka. tirei já não sei bem que carnes ou vegetais do congelador e juntei-lhes tudo o me foi aparecendo à frente: o alho pareceu-me uma boa opção e a noz moscada nem por isso, algures por aí adicionei uma sopa instantânea de cebola e arrumei mais umas quantas cenas. no meio disto aparece d. em boxers a balbucionar uma qualquer língua estranha. disse-me que ontem tinha ido ao contagiarte e depois tinha ido com o pm. para o altar. disse-lhe que era na boa, que não tenho qualquer tipo de preconceitos e que inclusivé de manhã tinha comprado o brokeback mountain que vinha com o público. ele fez uma estranha expressão e disse-me que o altar era um bar em cedofeita. após o silêncio disse-lhe que mi muka estava a chegar e acrescentei que, na minha singela opinião, pensava que se ela queria ver um tipo de boxers ao chegar a casa, então que esse tipo deveria ser eu. ele foi tomar banho e eu fui comprar sal; parecendo que não, uma sopa instântanea de cebola faz milagres numa receita, mas pôr-lhe sal também ajuada. desci carregado de garrafas, passei pelo vidrão e pelo supermercado e subi com mais três garrafas. pousei-as, mexi aquilo que estava a fazer e fui comprar sal. no entretanto apareceu a mi muka, falei-lhe na importância das intenções e ela perguntou-me se estava a falar do mestrado ou da ausência da prendas. disfarcei juntando tudo na mesma panela enquanto cantatolava "ai se tivesse olfacto isto iria-me cheirar muito bem. a mesa pôs-se (embora não sozinha), a mistela estava comestível e o vinho deveria figurar nos dez melhores abaixo dos dois euros e meio. comemos gelado enquanto víamos o how i met your mother, e agora enquanto ela se arranja e eu teclo por aqui apercebo-me que dentro de umas horitas estarei no centro luso-venezuelano de grijó a ouvir um sul-americano cantor carregado de êxitos dos anos oitenta. e é essa beleza de namorar com uma venezuelana, se não fosse por ela, hoje acabaria o dia na casa da música a ouvir tindersticks ou então tinha dado um salto ao salão erótico...oh vida.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
hipopotomonstrosesquipedaliofobia
"A hipopotomonstrosesquipedaliofobia é uma doença do foro psicológico que se caracteriza pelo medo de pronunciar palavras grandes ou complexas." hipopotomonstrosesquipedaliofobia? e explicar isto aos doentes?
quer-se-dizer o que poderia ser o início da cura é o principiar de uma continuada tortura.
quer-se-dizer o que poderia ser o início da cura é o principiar de uma continuada tortura.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
gaulês amarelo, a continuação
estar num hotel de cinco estrelas é uma coisa, ver umas quantas a partir de um buraco no tecto é outra.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
politiquices #02
face à conjectura entre as políticas da ministra da educação e as (pseudo-)propostas de um homossexual casamento, interrogo-me sobre as dúvidas que possam assolar um professor gay, votará em branco? (e o obama?)
politiquices #01
face à crise, o governo propôs a económica medida que se impunha: uma linha de crédito para empresas que tenham mais de dez anos de actividade e que tenham tido lucro nos últimos três anos. embora pouco (ou nada) perceba de política e economia, estou totalmente de acordo, emprestar dinheiro a quem não tem, parece-me arriscado.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
os meus eus
existem, entre o meu eu social e o meu eu profissional, irreconciliáveis diferenças: como arquitecto gosto de linhas sóbrias.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
camisola amarela, o atleta
e queria aqui anunciar-me (faz favor) como o atleta mais coerente de todos os tempos: sou mau em qualquer desporto.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
o desesperar do jovem empregado
e eis que chega ao fim uma primeira semana de trabalho que de fácil pouco ou nada teve: houve uma entrega e logo uma impressora decidiu entrar em greve; uma hora de almoço passada à frente do computador; uma tradução de um texto que resultou numa prosa portuganhola, desenhos do existente distintos das fotos dos mesmos; ecrãs azuis antes de um qualquer save e por cada café bebido, cinco foram tirados. e embora isto seja normal, não sei se vou aguentar, por inconcebível que pareça já ouvi por mais que uma vez o beautiful do james blunt.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
"ai qu'a burro"
não é que ele tivesse um índice de imbecibilidade superior ao normal, teve foi o azar de ser apanhado num detector de metais de um qualquer aeroporto. no bolso tinha uma lata de atum atafulhada de cannabis.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
weed's mash-up's gray's anathomy
ele estava tão agarrado à droga, que deu pulos de alegria quando soube que tinha uma pedra nos rins.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
duas (OrNot) coisas
duas coisas: sou óptimo a não fazer nada e os gostos não se discutem. àparte disso um arquitecto viu o meu portfolio e propôs-me trabalho. ainda pensei em lhe explicar duas coisas, mas depois pensei melhor e não só não lhe disse nada como aceitei. e eis que hoje, findo os (in)úteis dias entrelaçados por vividas noites, fui (novamente) trabalhar. havia em mim um friozinho na barriga de não-sei-bem-o-quê e um olhar de quem não acordava a tão matinal hora à (mais que) muito tempo. se o dia correu bem, ou mal, saberei depois; por agora apenas receio que um projecto de uma praia fluvial seja areia demais para a minha camioneta.
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
camisola amarela, o gaulês
ontem; a noite já ia longa quando cheguei a casa e antes (mesmo) de abrir a porta do quarto meti a pé na poça. achei literalmente estranho mas não eram horas para me estar a preocupar. lembro-me de abrir a porta e deparar com um dantesco cenário caótico claramente superior à desarrumação tradicionalmente instalada, mas logo a seguir fechei os olhos na esperança de os abrir perante uma diferente visão. no entretanto puxei por um cobertor, dei um salto à cozinha para furtar um achocolatado leite do frigorífico e fui deitar-me no sofá da sala. tive o cuidado de orientar estrategicamente o computador para ver mais um episódio da gray's anatomy mas nem me lembrei de colocar os puff's ao lado do sofá.
hoje; o acordar foi novamente doloroso, não havia necessidade da minha costela ir meter conversa com o tapete da sala. e foi entre ai's e ui's que me ergui pensando no estranho sonho que tinha tido. depois cheguei ao quarto e descobri que não sonhei nada. o tecto falso estava espalhado pelo soalho da quarto e pelos mosaicos da casa de banho. havia gesso cartonado nas adidas titan e pingas de reboco na gravata favorita. ver a cama parcialmente salpicada de uma nhanha cinzenta custou-me mas das esborratadas botinhas novas de lisa sola não tive pena nenhuma; e no meio disto tudo, um tímido ping ping largava a corroída tubagem para ir ter com o rodapé.
oh vida, e eu que sempre pensei que o facto do obélix e restantes gauleses temerem a queda do céu sobre suas cabeças fosse apenas uma (in)útil palermice.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
dias de iNOTulidade
e eis que chega o fim; dos dia de nunhum-fazer intercalados por noites de tardios copos ficaram as memórias (ou faltas delas). voltar a trabalhar é bom, ainda que um pouco assustador.
se eles gostaram (assim tanto do potfolio) não estarei enferrujado o suficiente para superar as expectativas? e sei também que nada disto interessa: de volta a um arquitectónico atelier com lápis na mão e uma folha de projecto pergunto-me se projectar uma praia fluvial não será areia demais para a minha camioneta?
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encharcado mau humor
mas porque raio hei-de dizer e ouvir um repetido bom-dia num molhado dia de chuva como este?
ps2. esfomeado mau humor (rjd2 alheira's remix)
se o jantar é ensopado de alcachofras com beringelas grelhadas,
poupem-me o bom apetite.
psd. arrastado mau humor (dj'aiaiui's esforçated re,mix)
se me vires a coxear, nem estou bem nem vou andando.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
há limites,
apesar de por vezes recorrer ao politicamente (in)correcto, nunca escrevi sobre tsunamis, não é a minha onda.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
a técnica do fraude
confesso a minha falta de paciência perante o caso freeport. sinceramente parece-me feio, e nada bonito, que teimem em falar mal do nosso dito primeiro engenheiro, ainda para mais num período de pré-várias-eleições. na verdade, a única coisa que me aconchega é que mais dia, menos dia, um qualquer sensacionalista noticiário vai nos mostrar a todos, que à hora das duvidosas reuniões, o dito engenheiro estava na faculdade a ter aulas de inglês técnico.
domingo, 25 de janeiro de 2009
lição aprendida
quando ela te diz O que é que TÚ achas? poderá querer saber um milhão de coisas, mas nenhuma terá a ver com a tua opinião.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
tardia homenagem
não fui a nenhuma bye-bush-bye-party (o ai-ai-ui assim não o permitiu) e não tendo ouvido o inaugural discurso, acabei por lê-lo (e sublinhar demasiadas passagens) no seguinte dia. e ontem, in ou conscientemente, acabei por o homenagear cozinhando um grelhado-bacalhau-à-la-obama. a receita foi a do costume, mas distraí-me e fiquei demasiado tempo ao computador.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
eu (ou a irrefutável prova)
há uns quantos anos atrás, mediante académicos trabalhos multidisciplinares, escreveu-se que por à mais bê (ou éme mais quê, não sei precisar as iniciais premissas) se poderia concluir que ao contrário do homem, a mulher consegue pensar e executar mais do que uma tarefa ao mesmo tempo. modéstia aparte, mas a partir do âmago das (minhas) inutilidades, posso aqui anunciar, faz-favor, que o eu aqui é a prova viva da (tão) errada teoria: como homem, sou perfeitamente capaz de (simultaneamente) dormir como um patinho e ressonar numa distorção de fazer inveja aos mars volta.
agora a sério (mas só hoje)
'tugas, só para avisar que o euromilhões é uma coisa e um boletim de votos é outra (em comum apenas têm o facto de uma cruzinha mal colocada nos poder fazer perder dinheiro, e muito. dos jackpot's que haverão nada direi, mas as eleições serão quatro e pensem bem antes de colocarem a chave do costume, seria lamentavel acabarmos o anos com um "cruzes credo" na boca.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
procurando perceber allen
quando o woody escreveu que "a realidade é chata, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife" quereria (somente) nonsensizar ou chateou-se com um vegetariano?
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
tê-éme-éne
o número que tentou contactar já está disponível.
se não acabou com saldo à bocado, pode f*dê-l* agora.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
já bebias água...
tentei explicar a p. que ele poderia ter um problema com a bebida. ele disse-me que não, que não me preocupasse, que pensaria no assunto quando numa manhã se arrastasse para a wc, ignorasse a gillette e bebesse um shot de old spice.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
foi assim que (não) aconteceu
a cumplicidade entre ambos foi imediata; ela tinha um rosto bonito e um singelo corpo e a cada piada de t. os seus lábios sorriam ladeados por duas delicadas covinhas, e se mais nada se passou, foi por ela ser muçulmana.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
pobre ronaldo
não há paciência para os senhores da fifa; anda o cristiano menino a (constantemente) brincar com as bolas e, ainda assim, a conseguir sempre arranjar um tempinho para delinear as sobrancelhas, fazer a depilação e ter sempre o cabelito impecável; usar os brincos a combinar com os anéis e as pulseiras da mesma colecção que o fio; com as riscas da t-shirt da mesma cor que os atacadores dos ténis e de lágrima no olho sempre que fala da mãe....e vão os senhores da fifa e dão o prémio de melhor futebolista feminina a uma brasileira??? francamente.
ps. ai.
ps. ai.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
ai (ou a deprimência da dor)
olá e ai outra vez, e se o olá até que se dispensava, o ai nem por isso. presentemente, qualquer despreocupado movimento voluntário é sinónimo de lancinante dói-dói e não há um um movimento involuntário que não necessite de um ai; um mero atchim é dor digna de um mártir e se um sorriso até se suporta, uma gargalhada é um cruciante tormento e uma dor que dói sem se ver. e é esta a deprimência dos repousados dias, não poder rir é trocar todas as temporadas do seinfield e os episódios do how I met your mother, os sketches dos monty python e os gag's de um little britain por um você na tv ou umas tardes da júlia. e eu até concluiria isto com um "oh vida" mas fico-me por um "f*d*-se".
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
camisola amarela, a lesão
hoje acordei em atroz sofrimento. tentei virar-me para esquerda e doía, experimentei para o outro lado e doía também. no entretanto espirrei e doeu a valer. ainda pensei em dizer ai, mas não tinha ninguém ao lado... num titânico esforço arrastei-me para a casa-de-banho com uma máscula atitude pontualmente interrompida por um gemer baixinho. entrei no duche e, azar dos azares, deixei cair o sabão; ao bruscamente baixar-me senti-me como que a fazer férias em guantanamo (sinceremente sempre pensei que as dores de apanhar um sabonete do chão tivessem outro motivo).
ao chegar à sala expliquei ao meu pai que estava em atroz sofrimento, ele chamou-me menino a mim e ressaca à dor e continuou a fazer o que que não estava a fazer. experimentei a técnica do repetido ai intercalado por um prolongado ui e ele foi-se embora. decidi tomar uma atitude à homem e disse-lhe que ia telefonar a minha mãe; ele disse-me que não valia a pena enquanto pegava nas chaves do carro.
o percurso foi torturoso, assim que soltei um ai na primeira rotunda, ele mudou o percurso de modo a conseguir percorrer o máximo de rotundas possíveis. só não tomei uma atitude porque estava sem saldo e a minha mãe desconhece o significado de um kolmi.
no hospital, e apesar da etiqueta amarela, fui atendido em menos de um hora (e eu que até aqueria esperar sete horas e meia só para aparecer na tvi...). a médica, essa, foi simpática e perguntou-me se tinha bebido ou caído na noite anterior; disse-lhe que sim e que não, que sim, que tinha bebido na noite anterior e que não, que não tinha caído na noite anterior embora tivesse dado um tombo na passagem de ano em virtude das botinhas novas de sola lisa e um chão de bar com mais bebida que o balcão. após o raio xis deu-se a sentença: O menino tem uma costela partida, deve ter sido da queda do ano novo e hoje ao dormir deu-lhe um mau jeito; vai-lhe doer durante umas seis semanas, tome estes medicamentos em caso de atroz sofrimento. evite fazer esforços e tente repousar o máximo possível. disse-lhe que que ficasse descansada porque na verdade tenho imenso jeito para não fazer nada.
à saída mostrei o raio xis ao meu pai e perguntei-lhe qual o melhor caminho para ir à farmácia. sete rotundas depois estávamos em casa, falei-lhe no atroz sofrimento e mencionei uns quantos ais; ele disse-em que os medicamentos são para maricas e começou a contar histórias da tropa.
e eis-me aqui agora, em atroz sofrimento e prolongada agonia na esperança que a mãmã chegue para eu recomeçar com os ais...
...oh vida, eu já sabia que era um tanto ou quanto lento de raciocínio mas ter um atraso corporal de treze dias em relação a mim mesmo é (frustrantemente) frustrante.
ao chegar à sala expliquei ao meu pai que estava em atroz sofrimento, ele chamou-me menino a mim e ressaca à dor e continuou a fazer o que que não estava a fazer. experimentei a técnica do repetido ai intercalado por um prolongado ui e ele foi-se embora. decidi tomar uma atitude à homem e disse-lhe que ia telefonar a minha mãe; ele disse-me que não valia a pena enquanto pegava nas chaves do carro.
o percurso foi torturoso, assim que soltei um ai na primeira rotunda, ele mudou o percurso de modo a conseguir percorrer o máximo de rotundas possíveis. só não tomei uma atitude porque estava sem saldo e a minha mãe desconhece o significado de um kolmi.
no hospital, e apesar da etiqueta amarela, fui atendido em menos de um hora (e eu que até aqueria esperar sete horas e meia só para aparecer na tvi...). a médica, essa, foi simpática e perguntou-me se tinha bebido ou caído na noite anterior; disse-lhe que sim e que não, que sim, que tinha bebido na noite anterior e que não, que não tinha caído na noite anterior embora tivesse dado um tombo na passagem de ano em virtude das botinhas novas de sola lisa e um chão de bar com mais bebida que o balcão. após o raio xis deu-se a sentença: O menino tem uma costela partida, deve ter sido da queda do ano novo e hoje ao dormir deu-lhe um mau jeito; vai-lhe doer durante umas seis semanas, tome estes medicamentos em caso de atroz sofrimento. evite fazer esforços e tente repousar o máximo possível. disse-lhe que que ficasse descansada porque na verdade tenho imenso jeito para não fazer nada.
à saída mostrei o raio xis ao meu pai e perguntei-lhe qual o melhor caminho para ir à farmácia. sete rotundas depois estávamos em casa, falei-lhe no atroz sofrimento e mencionei uns quantos ais; ele disse-em que os medicamentos são para maricas e começou a contar histórias da tropa.
e eis-me aqui agora, em atroz sofrimento e prolongada agonia na esperança que a mãmã chegue para eu recomeçar com os ais...
...oh vida, eu já sabia que era um tanto ou quanto lento de raciocínio mas ter um atraso corporal de treze dias em relação a mim mesmo é (frustrantemente) frustrante.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
o percurso académico (ou dinheiro em falta)
ao longo do meu percurso académico, poucas foram as vezes que não tive um dez. o não ter direito ao rendimento mínimo garantido é (para mim) um mistério.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
altura de saldos
hoje o meu descafeínado foi-me servido por um tipo inusitadamente alto; após ponderar um (bom) bocado resolvi começar a imbirrar com o pessoal estupidamente alto; pensei inclusivé em dar-lhe um murro, mas ele era demasiado alto, se fosse mais baixo ainda tinha pensado duas vezes e daí, que não, se ele fosse baixo eu ja não embirrava com ele. e na verdade, não embirro particularmente com ele, apenas, e no geral, embirro com a malta a dar para o absurdamente alta. isso é gente que vai às compras no último dia de saltos, traz o que quer com mais de setenta por cento de desconto e ainda pode escolher as cenas em várias cores. já eu, após o segundo dia de promoções a vinte por cento já não encontro o meu número em lado nenhum.
e quê, se eu comprar qualquer coisa xxl e mandar para a máquina a alta temperatura será que aquilo encolhe certinho?
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
o sexo e os espirros
segundo esse marco da informação nacional que é a revista maria, há uma relação entre o espirro e o sexo segundo a equação: quanto-mais-espirras-mais-em-sexo-pensas. ou seja, o entupimento das urgências nada teve a ver com entupimentos nasais, na verdade, somos um país de tarados.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
o elixir da vida eterna
tentei explicar a p. que não era por ele andar (sempre) de sapatilhas que poderia evitar bater as botas.
chateámo-nos... (ou a (in)felicidade)
perguntou-me se, por ela, punha as mãos no fogo; disse-lhe que não, que magoava.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
à atenção de uns quantos
é só para avisar que começo a irritar-me profundamente com essa malta que vai às tantas da manhã abastecer a viatura. um gajo está ali para comprar um maço de tabaco e tem que (inusitadamente) ficar à espera. pensem nisso.
domingo, 4 de janeiro de 2009
ariel
b. queixou-se da (sua) cadela, que não era esquisita, que comia cd's e dvd's e não dizia que não a um bom livro. disse-lhe que em vez de se chatear, devia era estar orgulhoso: aquela cadela é um poço de cultura.
sábado, 3 de janeiro de 2009
pedro miguel
parece que agora andam por aí crianços que apenas têm um nome próprio. não percebo, como é que as mães os chamam quando (eles) não se portam bem?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
o cigarro (ou o optimismo realista)
se é para deixar de fumar, eu consigo sempre. já consegui seis vezes e para a semana sou capaz de conseguir outra vez
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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